28.02.2018 Views

II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Para tanto, um aspecto que deve ser considerado para que todas as teses<br />

suscitadas até então no decorrer desta pesquisa e possamos ser utilizá-las na proposta de<br />

intervenção no Seminário socrático, é o desenvolvimento da comunicação entre pessoas.<br />

Sócr<strong>ate</strong>s é um grande exemplo para observarmos a importância do<br />

interrogar filosófico, pois nunca se satisfazia com as respostas e continuava a<br />

questionar. Cerletti ressalta que o questionar filosófico não são meras invenções dos<br />

filósofos, pois, os filósofos se questionam sobre o que cerca o ser humano. Outro<br />

aspecto destacado por Cerletti é que os grandes desafios que levam alguém a filosofar e<br />

ensinar a filosofia é tentar preencher um vazio e ao ensinar filosofia os professores<br />

enfrentam este vazio, e de forma singular tentam preenchê-lo. O filosofar são<br />

questionamentos que buscam as respostas, o perguntar filosófico é a construção<br />

fundamental do filosofar.<br />

O perguntar filosófico não se conforma com as primeiras respostas que<br />

costumeiramente são oferecidas, que, em geral, o perguntar pelo<br />

aparecimento das primeiras respostas. Mas, como um saber sem supostos é<br />

impossível, o questionar filosófico é pertinente. (CERLETTI, 2009, p. 24).<br />

Para Cerletti, é necessário distinguir a pergunta filosófica das demais<br />

perguntas e argumenta que esse diferencial está na intencionalidade daquele que<br />

pergunta e não na pergunta em si. E pelo fato da pergunta não se esgotar na primeira<br />

resposta adquirida o autor destaca que “a intencionalidade da pergunta é que enraíza na<br />

aspiração ao saber.” (CERLETTI, 2009, p. 24). Neste sentido, Cerletti diz que<br />

[...] o ensino filosófico deveria voltar-se, como adiantamos, para as condições<br />

de possibilidades de perguntas filosóficas. E para como é possível criar um<br />

âmbito em que um grupo de alunos, e cada um daqueles que o integram,<br />

assuma como próprio alguns interrogantes filosóficos. (CERLETTI, 2009, p.<br />

25-26).<br />

Sabe-se que existem grandes dificuldades para se ensinar filosofia, e que<br />

deve-se selecionar os conteúdos a serem transmitidos, visando um ensino que<br />

desenvolva um pensar crítico e criativo dos alunos. Cerletti (2009, p. 8) diz que o<br />

“ensino da filosofia é basicamente a construção subjetiva, apoiada em uma série de<br />

661

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!