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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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passos já conhecidos pelos telespectadores, exibiu às 18h, em sua grade de programação<br />

semanal, a animação que definitivamente rompeu o caráter exótico das produções<br />

japonesas na TV brasileira e assumiu o papel de grande difusora da cultura pop oriental<br />

para a grande mídia. Trata-se de Saint Seiya, por aqui e em todo o Ocidente, conhecida<br />

como Os Cavaleiros do Zodíaco (CDZ - A FORÇA DO PÉGASO NO BRASIL, 2013).<br />

É a partir da exibição de CDZ (como os fãs se referem à obra) que o<br />

mercado japonês de mídia conquista um universo de fãs e consumidores no Brasil.<br />

B<strong>ate</strong>ndo, em termos de audiência, a já consolidada Rede Globo e dando à Rede<br />

Manchete — que anos depois viria à falência — o brilhantismo de ficar marcada na<br />

história de muitas crianças e adolescentes da época pelo boom de animês e tokusatsus<br />

exibidos em toda a sua grade. Com toda a série exibida e reprisada em diversos<br />

horários, a venda de bonecos, <strong>artigos</strong> de coleção, filmes no cinema e um álbum musical<br />

exclusivo, Os Cavaleiros do Zodíaco se tornaram algo além da animação em nosso país<br />

sendo motivo de estrelar capas de revistas e jornais graças ao seu desempenho não só na<br />

telinha, mas na formação de uma base de fãs e na participação econômica do Brasil,<br />

como afirma Sandra Monte (2010, p. 73): “A importância dos animês para a sociedade<br />

brasileira é praticamente incontestável. O grande sucesso de Cavaleiros do Zodíaco<br />

beneficiou não somente o comércio, mas também a disseminação da cultura pop<br />

japonesa”.<br />

Agora, diferente dos anos 1960, 1970 e 1980, as mídias japonesas de<br />

entretenimento apresentavam ao telespectador um novo mercado de consumo, exótico,<br />

mas em nada estranho, já que entre esses consumidores existiam descendentes de<br />

japoneses. Isso contribuiu para a formação de um grupo social que passou a se<br />

interessar de forma mais ativa por este cenário midiático e viu nele um novo lugar de<br />

identificação.<br />

Assim, quando a animação japonesa e posteriormente a aceitação da cultura<br />

pop japonesa se firmaram no Brasil, no início dos anos 2000, as grandes<br />

culturas de massa já não tinham mais a força de décadas anteriores.<br />

(MONTE, 2010, p.76)<br />

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