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Os Ka’apor são representantes de uma tradição vinda dos antigos Tupi que
habitavam a costa por ocasião da descoberta. (BIENAL, 1983 p.33) Chamam muita
atenção por serem, dentre os indígenas de todo o Brasil, os mais destacados quanto
ornamentação plumária.
Pelo virtuosismo e da execução e a delicadeza das formas, em que, usando
plumas e penas de dezenas de aves recompõem a morfologia dos pássaros, os adornos
plumários Ka’apor foram definidos como “joias de penas”. (BIENAL, 1983 p. 33)
É uma tradição artística de bastante complexidade; com seus arranjos de
harmonia de cores e uso de técnicas que exigem habilidade e muita concentração. É
uma arte que causa toda uma magia, um encanto para a visão ocidental. Esse
encantamento e fascínio pelos objetos de arte são bem discutidos e defendidos por
Gell(2005: 45) “Considero várias artes- componentes de um sistema técnico vasto e
frequentemente não reconhecido, essencial para a reprodução das sociedades humanas,
ao qual eu chamarei de tecnologia do encanto”.
A arte plumária Ka’apor possui todo um contexto a ser analisado. Não
exprime somente criatividade e beleza, tem todo um significado sociocultural muito
grande por trás. Cada ornamento plumário tem uma função dentro da sociedade
Ka’apor. Há adornos feitos para uso exclusivo das mulheres, adornos feitos para uso
exclusivo dos homens, adornos usados por ambos os sexos e sem distinção de idade e
em especial, adornos feitos para serem usados em cerimoniais.
Devido a todo esse encanto que a arte plumária dos Ka’apor nos causa foi
dedicada especialmente a essa prática o livro “Arte Plumária dos Índios Ka’apor”
subproduto de outro livro chamado “Diários Índios: Os Urubu-Ka’apor” do autor Darcy
Ribeiro. A “Arte Plumária dos índios Ka’apor” é um livro que se compõe de uma
coleção de lindas imagens dos mais belos ornamentos plumários, contendo informações
a respeito de cada objeto;
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