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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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ORNAMENTOS PLUMÁRIOS<br />

A complexidade das ornamentações Ka’apor inicia-se desde a captura dos<br />

animais; primeiramente por serem aves, com grande liberdade e facilidade na<br />

locomoção e segundo por serem animais muito pequenos o que dificulta ainda mais a<br />

captura.<br />

“No Brasil Indígena, há dois grupos de estilos plumista. O primeiro grupo<br />

congrega penas longas associadas a suportes rígidos que conferem um<br />

aspecto grandioso e monumental ao artefato. [...] O segundo caracteriza-se<br />

por diminutas penas dispostas com requinte em suportes flexíveis de aspecto<br />

primoroso e delicado. Seus mais legítimos representantes são os Munduruku,<br />

os Urubu-Ka’apor e outros grupos tupis.” (BIENAL 1983 p. 13)<br />

Entre as artes plumárias Ka’apor destacam-se o Diwa-kuawhar, braçadeiras<br />

de plumas que formam a representação da morfologia de uma flor. O Artista Ka’apor<br />

utiliza-se de contraste de cores e consegue representar desde a estrutura do cálice e da<br />

corola, até os estames das flores.<br />

“A prancha apresenta duas variantes. A primeira (33 cm de comp.) consiste<br />

de um fio de sementes negras (awai) e brancas (coix lacrima) entre as quais<br />

foram armadas “flores” compostas de plumas cor laranja do papo de tucano<br />

(Rhamphastos vitelinus therezae), representando a corola e negras frisadas do<br />

topete do mutum fêmeas (Crax fasciolata), figurando os “estames””<br />

(RIBEIRO, Darcy. RIBEIRO, Berta G. 1957)<br />

F 3Museu do Índio – N 2632. Vinheta de H. Fénelon.<br />

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