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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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No entanto, o que pode ser constatado é que a cultura realmente vem sendo<br />

trabalhada em ações complementares à escola. Ações essas que tem por uma das<br />

finalidades <strong>ate</strong>nderem as crianças e adolescentes em horário alternado da escola com<br />

intuito em ocupar mais tempo da vida desses sujeitos.<br />

A educação vai mesmo além da escola, pois antes da criança começar a<br />

frequentar a escola já começa sua educação, que vem compor os seus conhecimentos<br />

prévios, devendo ser valorizados para facilitar a aprendizagem do aluno.<br />

O horizonte que a educação popular traz é, segundo Brandão (1984, p.103),<br />

“A educação através da qual ele, o sujeito, não se veja apenas como um anônimo sujeito<br />

da cultura brasileira, mas como um sujeito coletivo da transformação da história e da<br />

cultura do país”.<br />

Em suma, segundo Gonçalves (1999), o campo da educação vem abarcando<br />

essas questões de forma progressiva e, somente a partir da última década é que se<br />

expressa, com maior definição, as preocupações multiculturais.<br />

Essas questões relacionadas ao valor educativo do folclore e sua aplicabilidade na<br />

escola nos levam a um discurso atual que tem procurado compreender uma dinâmica e o<br />

significado que tem o estudo do folclore e as relações da cultura popular com os saberes<br />

escolares na sala de aula.<br />

O estudo do folclore é desta forma apresentado como um conhecimento<br />

geral da cultura de um povo, que merece ser estudado nas escolas que fazem parte da<br />

vida destes povos, como forma de reconhecimento e legitimação desta cultura.<br />

Para Ferretti, “a palavra folclore é utilizada para definir o que vem do povo<br />

as diversas manifestações artísticas populares, a sabedoria tradicional do povo”. (2002,<br />

p.22). E indo mais adiante, Lima afirma o conceito de Ferretti, “o folclore tem sido<br />

considerado, em última instância, a ciência das antiguidades populares, isto é, do que há<br />

de antigo na cultura de nossa sociedade”. (1972, p.14, apud, FERRETTI, 2002, p.23).<br />

Benjamim também apresenta reflexões importantes sobre a dinamicidade do<br />

folclore:<br />

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