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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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conforme algumas pesquisas constatam estar se concretizando em grande parte delas,<br />

desde que essa discussão ganhou visibilidade.<br />

Também significa uma mudança na cultura escolar e na postura do/as<br />

professore/as, que vão desde a reflexão sobre as práticas pedagógicas, passando pelo<br />

domínio de conhecimentos da historicidade africana e da diáspora negra para revisão de<br />

suas crenças e valores, e chegando à proposição de adequação do Projeto Político<br />

Pedagógico e desenvolvimento de um trabalho <strong>ate</strong>nto às questões envolvidas no<br />

assunto.<br />

Mas a adoção de posturas, atitudes e procedimentos derivados de uma<br />

análise crítica da qualidade e efeito das relações étnico-raciais que têm se efetivado no<br />

país, demanda do/a docente, responsável direto/a pelo processo de ensino, uma sólida<br />

formação profissional. São oportunas as palavras de Gomes (2006) sobre esse aspecto:<br />

Aprender [ess]a diversidade, compreender e enfrentá-la parecem ser um<br />

receio da pedagogia e da educação escolar. Por quê? Porque nós, professores,<br />

ainda somos formados, como profissionais, para lidar com a uniformidade e<br />

homogeneidade. Essa pedagogia da homogeneidade esconde-se atrás do<br />

discurso da igualdade, o que sempre encontrou grande aceitação entre os<br />

docentes, de todos os segmentos: progressistas, conservadores, de diferentes<br />

crenças e posições ideológicas. (GOMES, 2006, p. 29)<br />

Vários estudos apontam que um dos problemas a ser enfrentado no processo<br />

de implementação da Lei é a fragilidade na/da formação docente (GOMES, 2012;<br />

ROMÃO, 2001; SILVA, 2001a;). É oportuna a assertiva de Farias e Oliveira (2014, p.<br />

98) sobre esse aspecto:<br />

A construção de uma “história outra” não é apenas uma questão de cumprir<br />

uma lei federal para a educação nacional. É questão de desconstrução de<br />

paradigmas curriculares formais e ocultos. Esse processo se dá em um campo<br />

de conflitos, pois superar a colonialidade do poder, do saber e do ser tensiona<br />

todas as dimensões da educação: políticas públicas, formação inicial e<br />

continuada de professores, produção e distribuição de m<strong>ate</strong>rial didático,<br />

relações interpessoais na escola e relação escola e comunidade.<br />

O planejamento tem sido um dos desafios para a educação das relações<br />

étnico-raciais devido à improvisação e fragilidade teórica no tocante a concepções de<br />

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