II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

cultura elitizada marcada pelos traços europeus e ao mesmo tempo uma cultura
marginalizada e de resistência, pertencente aos índios e negros.
As crianças nascem em um contexto sociocultural determinado e aprendem
seus comportamentos a partir dos valores e crenças presentes em suas vidas, recriando e
ressignificando o que aprenderam, primeiramente por meio do desenvolvimento da
linguagem e das brincadeiras. A escola sendo o espaço em que essa criança passará uma
boa parte de seu tempo de vida precisa considerar esse ser que é cultural e que trará
novas impressões sobre o mundo da cultura.
Como vimos à cultura está presente na vida de todos, mesmo com as
diferenças de classes. Mas só existe cultura erudita porque existe cultura popular ou vice
versa. A elite havia um contexto cultural que só pertenciam a eles, as classes baixas
também sentiam necessidade em ter lazer, conhecer arte, música dentre outras coisas.
Com isso surge a cultura popular ou cultura do povo para atender essa demanda. A
partir desse pressuposto Arantes (2006), afirma que:
A “cultura popular” surge como “outra” cultura que por contraste ao saber ao
saber culto dominante apresenta-se com “totalidade” embora sendo na
verdade, construída através da justaposição de elementos residuais e
fragmentários considerados resistentes a um processo “natural” de
deterioração. (ARANTES, 2006, p.18).
Com base nesse posicionamento Chauí (2006) reafirma que, a cultura
popular surge da resistência do povo para mostrar que a embora seja o povo não
pertence só a ele, mas a toda sociedade, atualmente ela produzida pelo povo para
atender toda a demanda social e cultural. Ainda segundo Chauí (2006),A cultura como
sendo do povo permitiria assinalar mais claramente que ela não está simplesmente no
povo, mas que é produzida por ele, enquanto a nação de popular é suficientemente
ambígua para levar suposições de que representações, normas e práticas porque são
encontradas nas classes dominadas são isso facto, do povo. Em suma, não é porque é do
povo que é do povo. (CHAUÌ, 2006, p.53).
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