II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

entre rodas de conversas quanto academicamente, o motivo pelos quais ainda são tão
recorrentes as atitudes de ambos os lados.
Assim, ao analisar como jovens mulheres interpretam a feminilidade, as
relações afetivo-sexuais e o uso das mídias ao internalizar e reproduzir opiniões com as
quais se identificam (ou não), é possível compreender como são estabelecidos padrões
de gênero, o que é considerado legítimo ou não na construção da identidade feminina.
Focando na questão das emoções como sendo compreendidas naturalmente femininas,
reproduzidas, através de meios de comunicação e produções culturais, e internalizadas
pelos indivíduos. Como isso é aprendido que a subjetividade humana, os sentimentos,
emoções e grupos sociais com os quais o indivíduo se identifica, são definidos
socialmente, dependendo do discurso político dominante vigente em determinado
contexto social e histórico.
METODOLOGIA
Para elaboração dessa pesquisa foram utilizadas bibliografias da área de
estudos das Ciências Sociais para abordagem teórica e também pesquisa qualitativa para
apreensão do objeto de pesquisa, levando em conta as subjetividades envolvidas na
construção de valores e instituições estabelecidas. Foram utilizados autores que
apresentam perspectivas teóricas que compreendem os processos de socialização, como
Foucault (1988) e Bourdieu (1998) e Elias (2009). Quanto à conceituação de gênero,
identidade e representação foram utilizadas várias noções que compõem o contexto em
que é trabalhado, sendo as teorias de Guacira Lopes Louro (1997; 2004), Judith Butler
(2000; 2003) e Joan Scott (1989) os principais pontos de partida dessa conceituação.
Enquanto ao lidar com a internet, leva-se em conta o que Richard Miskolci (2011)
afirma, que o seu acesso também é delimitado a um certo grupo social que a utiliza para
determinados fins. Para a análise das entrevistas transcritas, realizadas em um esquema
semi-estruturado, localizando jovens na cidade de São Luís, foi importante levar em
conta a posição social da pesquisadora e a posição das entrevistadas, para contextualizar
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