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transformação. O advento do romantismo e seus percalços, bem como a era da
informação, enquanto mecanismos propulsores do capitalismo e vias de ascensão de
uma classe específica. Todas essas questões estão em voga no pensamento de Walter
Benjamin.
Tendo como referência todo esse aparato, o filósofo impõe reflexões acerca
da vida cotidiana do homem atual, em convivência com outros homens. Se a vida
material em coletividade não existe mais, como o homem na forma produtiva atual, que
está envolto por sua individualidade, e conseqüente isolamento conseguirá partilhar suas
experiências, num sentido coletivo?
O problema colocado por Walter Benjamin data do século passado, mas se
faz cada vez mais atual, posto que, essa ausência de referência se faz cada vez mais
notável. O interessante no pensamento de Benjamin, ou mais especificamente em O
narrador - já que se trata desse escrito em que se realizou a leitura - não se percebe um
caráter de respostas para o problema e,de fato, nem poderia tê-lo, como filósofo, sua
atividade recai em instigar o leitor ao exercício, antes, sobretudo, da reflexão.
REFERÊNCIAS
BENJAMIN. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. Magia e
técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo:
Brasiliense, 1994, p. 197-221.
CARONE, Modesto. Lição de Kafka. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
KAFKA, Franz. A Metamorfose. Porto Alegre: L&PM, 2001.
LUZZARDI, Luciana. FILOSOFIA E RESISTÊNCIA: KAFKA E A
METAMORFOSE DA LINGUAGEM. 6º SBECE. 3º SICE: Educação, Transgressões,
Narcisismo, p. 1-11. Canoas, RS, 2015.
Disponível em:
www.sbece.com.br/resources/anais/3/1428532452_ARQUIVO_Texto_SBECE.pdf
Acesso em: 29/03/2016
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