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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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tradição de suas antecessoras nesta região que hoje é; a zona rural da cidade de<br />

Imperatriz.<br />

As mesmas, com as suas histórias de vida, passaram a contribuir com a<br />

formação de sua identidade como mulher camponesa quebradeira de coco babaçu e a<br />

constituição do patrimônio im<strong>ate</strong>rial nesta região do estado do maranhão. Falar de<br />

mulheres que quebram o coco babaçu, é falar de uma identidade que nasceu em torno da<br />

palmeira. Formando um patrimônio im<strong>ate</strong>rial, vivido através da consciência e das<br />

práticas sociais dessas mulheres que vivem desta atividade.<br />

A sua identidade ganha mais relevância com os babaçuais. A palmeira e o<br />

sujeito social exercem um diálogo, onde ambos estão marcados ou fincados pelo uso<br />

das formas particulares deste território im<strong>ate</strong>rial das quebradeiras de coco babaçu. Em<br />

outras palavras, a sua identidade de mulher camponesa quebradeira de coco, é<br />

simbolizada com a preservação dos bosques de babaçuais no Maranhão e em especial<br />

no município de Imperatriz – um espaço social que foi frutificando no decorrer dos anos<br />

da história local; descrevendo que a relação do sujeito com os babaçuais, gera a<br />

constituição deste patrimônio im<strong>ate</strong>rial na cidade de Imperatriz. Onde a cultura,<br />

economia, culinária e linguagem e outros, se direciona em torno ou inserido no território<br />

im<strong>ate</strong>rial dos babaçuais através de suas personagens.<br />

Portanto, essas mulheres aprenderam a sua atividade com as suas mães e as<br />

suas avós – preparando as para enfrentar as dificuldades da vida de se lidar com as mais<br />

variadas formas de exclusão que a sociedade impõe a elas. Transformaram o seu<br />

aprendizado em um mecanismo de educação e conscientização de suas tradições orais<br />

transmitidas de mãe para filhas e netas, com a esperança de um mundo mais aceitável<br />

para aquelas, a qual a sociedade as chama de sexo frágil. As leis, questões jurídicas e<br />

outras observações, servem como mola propulsora para comb<strong>ate</strong>r as barreiras impostas<br />

a elas.<br />

Entendemos que é através da preservação dessas matas de babaçuais que o<br />

patrimônio im<strong>ate</strong>rial registrado nas suas histórias pessoais de vida e sua identidade pode<br />

ser guardado e preservado para as futuras gerações dessas famílias e outros interessados<br />

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