II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

Deste modo, tomaremos o elenchos, como o método base, para o
desenvolvimento da Comunidade de Investigação e do Seminário socrático.
O filosofar é a construção complexa e pessoal de cada filósofo ou aprendiz,
sendo que ao ensinar e aprender filosofia existem dois aspectos importantes; a
objetividade e subjetividade, que se entrelaçam nessa construção, que é feita durante as
aulas. De acordo com Sofiste, “proceder socraticamente é negar, também, a ideia de
filosofar no vazio.” (SOFISTE, 2007, p. 87), neste sentido, é de suma importância a
constituição histórica da filosofia. Assim, os saberes são construídos com a participação
direta dos alunos, pois, segundo Cerletti,
O ensino de filosofia deveria contribuir em seu exercício, para fazer dos
estudantes agentes críticos capazes de pensar, analisar e poder decidir da
melhor maneira as condições de sua incorporação ao mundo de hoje.
(CERLETTI, 2009, p. 50).
Neste contexto, o papel da filosofia é colaborar na integração dos alunos
para que eles desenvolvam a criticidade e passem a analisar as situações do dia-a-dia de
forma mais reflexiva.
Para tanto, observaremos no capitulo a seguir a importância das perguntas
para a construções do conhecimento, principalmente pelo fato das perguntas serem a
base do desenvolvimento dialógico no ensino de filosofia.
3. A PERGUNTA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO
A pergunta é a formulação de uma frase que tem por objetivo explicitar uma
opinião ou conhecimento. De modo geral, toda pergunta requer uma resposta. Neste
sentido, a pergunta possui características que são propicias para estimular a construção
do conhecimento através da formulação dos argumentos dados como respostas. Para
Campos (2008, p. 15) “ensinar a pensar é ensinar a fazer e a fazer-se perguntas,
principio e fim da educação”. No contexto filosófico, a pergunta é essencial para o
início de uma discussão.
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