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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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p. 8) esclarece que “pessoas que têm deficiência e que não têm deficiência vêm<br />

aprendendo, umas com as outras, a extrair da relação aquilo que possa enriquecer o<br />

conhecimento mútuo”. Visto que esse tipo de relacionamento possibilita não só o<br />

desenvolvimento intelectual, mas também social de ambas as partes.<br />

A respeito do referido assunto, Stainback e Stainback (1999) enfatizam que<br />

as relações interpessoais favorecem o convívio com as semelhanças e as diferenças<br />

entre as pessoas, e essas aprendem a compreender e respeitar a individualidade de cada<br />

um. Assim, o contato das crianças durante as interações contribui para o fortalecimento<br />

das relações sociais, visto que independentemente de suas particularidades, cada um<br />

interage de maneira peculiar na construção dos saberes cultural e social, uns dos outros.<br />

Nesse mesmo enfoque, Anhão, Pfeifer, Santos (2010) ressaltam que as<br />

interações possibilitam o desenvolvimento das crianças sem e com deficiência, pois<br />

elas têm oportunidade de conviver com a diversidade e aceitá-la como essa se<br />

apresenta, contribuindo na própria aceitação da diferença, tendo em vista que todas<br />

as pessoas apresentam características diferenciadas.<br />

Sobre o assunto abordado, ressalta-se Vygotsky (2012), ao esclarecer que as<br />

crianças com deficiência precisam estar em constante interação com as demais pessoas<br />

sem deficiência no decorrer do processo de desenvolvimento, pois terão mais<br />

possibilidade de <strong>ate</strong>nuar o comprometimento biológico diferenciado, visto à aquisição<br />

de aprendizagens construídas no grupo, compensando suas limitações impostas pela<br />

deficiência.<br />

Ainda embasado nos fundamentos de Vygotsky (2012) sobre a relevância<br />

das relações sociais para as crianças com deficiência, se pode afirmar que por ser um<br />

espaço de socialização e aprendizagem, as instituições de educação infantil devem<br />

proporcionar interações às crianças no intuito de promover uma educação voltada aos<br />

princípios da inclusão, visando o convívio com a diversidade e a superação de estigmas<br />

e preconceitos em relação à deficiência.<br />

Assim, fica explícito que toda criança independentemente de possuir ou não<br />

alguma necessidade específica, é sujeito histórico que precisa ter seus direitos<br />

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