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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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A este consumidor local de animação japonesa denominamos de otaku<br />

brasileiro. Até o fim dos anos 1990 e o início do século XXI a presença da animação<br />

oriental na TV brasileira foi ficando cada vez maior. O público então passou a associar<br />

o estilo e a cultura apresentada por essas produções aos seus gostos pessoais. O que<br />

vinha do Japão passou a ser visto como novidade e ótimo produto para se consumir.<br />

(URBANO, 2013)<br />

A mídia também procurou conhecer esse novo grupo social que se formava<br />

no Brasil. Desde a febre de CDZ na Rede Manchete, revistas especializadas em<br />

conteúdo voltado sobre animês, mangás, tokusatsus e Cultura Pop Japonesa em geral<br />

começaram a ser publicadas. Revistas como Herói 228 , Animax 229 e NeoTokyo 230 —<br />

algumas nem sendo publicadas mais — levaram mais conteúdo para os aficionados por<br />

esse novo produto que alcançava os lares brasileiros. E, diferentemente do que acontecia<br />

no mercado editorial elas não tinham distinções de gênero. Assim, meninos e meninas<br />

eram o alvo. (LUYTEN, 2003; CARLOS, 2013).<br />

Atualmente no Brasil, a palavra "otaku" é a forma mais comum de<br />

denominação de fãs de cultura pop japonesa, já que esta palavra adquiriu<br />

outro sentido no ocidente [...] por conta das revistas especializadas, o termo<br />

se espalhou rapidamente entre os fãs como sinônimo de colecionador de<br />

mangás e animês. Hoje é comum os meios de comunicação utilizarem a<br />

palavra otaku. (MACHADO, 2009, p.01)<br />

Com o advento da Internet, que proporcionou a esses otaku consumir ainda<br />

mais produtos, os membros desse fandomnão estavam mais “presos” à mídia e ao<br />

comércio nacional e passaram a se mobilizar através da rede e foram direto na fonte – a<br />

indústria japonesa de entretenimento – atrás de novos conteúdos. Surgem aqui os<br />

228 foi uma revista brasileira, criada em 1994 pela Conrad Editora (na época conhecida como Acme e<br />

publicada em parceira com a Nova Sampa, quando da exibição no Brasil do animês Os Cavaleiros do<br />

Zodíaco.<br />

229 uma revista sobre animês e mangás publicada no Brasil na década de 1990 pela editora Magnum<br />

(editora conhecida por publicar revistas especializadas em armas de fogo).<br />

230 é uma revista informativa mensal, dedicada a animê, mangá e cultura pop japonesa, produzida pelo<br />

estúdio Criativo Mercado Editorial e publicada pela Editora Escala. Desde fevereiro de 2015 a Neo<br />

Tokyo ficou sendo a única revista sobre animê e mangá nas bancas brasileiras.<br />

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