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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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Observações das entrevistas concedidas.<br />

Diante dessas 03 entrevistas principais e que foram escutadas ao longo da<br />

realização deste trabalho durante as viagens ao campo de estudo, observação e pesquisa.<br />

As personagens eram suscitas em falar como aprenderam e com quem aprenderam a<br />

quebrarem o coco – onde o seu referencial m<strong>ate</strong>rno despertava sensações de alegria em<br />

descrever a época de sua respectiva infância no trato com a atividade exercida de suas<br />

mães e avós. O único desejo que as mesmas desejavam, era não serem identificadas no<br />

trabalho acadêmico – alegando não ter eventuais conflitos próximos a ela, como a<br />

comunidade, a família, ou os movimentos sociais próximos à realidade das<br />

trabalhadoras rurais.<br />

Percebemos ou percebe-se que a figura feminina exerce uma forte influência<br />

sobre o lar e no cuidado dos filhos e em especial das filhas. Preocupando-se sempre em<br />

ensinar uma atividade remunerada para as filhas, para que elas não possam depender<br />

exclusivamente do marido que vier contrair no futuro próximo. A mãe ensina essa<br />

atividade como tantas as outras – preparando-o para o matrimônio e no sustento do lar.<br />

O que foi percebido nas falas de nossas entrevistadas, que aprenderam a<br />

quebrar o coco babaçu com a sua mãe. A sua genitora aprendeu com a sua avó e a<br />

mesma aprendeu com a sua bisavó, e assim sucessivamente a regra de ensino e<br />

aprendizagem em cada família que possui uma quebradeira de coco no núcleo familiar<br />

de origem.<br />

É perceptível que existe uma arvore genealógica presente nessas famílias –<br />

aonde todas elas vieram da região dos cocais (Afonso Cunha, Aldeias Altas, Caxias,<br />

Codó, Coelho Neto, Coroatá, Duque Bacelar, Fortuna, Matões, Parnarama, Peritoró,<br />

Senador Alexandre Costa, Timbiras, Timon, Buriti Bravo, Lagoa do Mato e São João do<br />

Sóter) do estado do Maranhão. Região histórica e de grande valia de inúmeros episódios<br />

particulares da história do povo maranhense como a instalação da fábrica de algodão em<br />

Codó e a guerra da balaiada desta parte do estado. Onde o povo negro e indígena, era<br />

protagonista nos episódios históricos.<br />

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