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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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ser essa arvore frondosa e majestosa sobre a mãe natureza e que os seus filhos e netos<br />

possa melhorar de vida a cada ano. Esses são os sonhos dela.<br />

A mesma chora com alegria do dia em que aprendeu e com quem aprendeu<br />

a realizar a atividade e ver com esperança que as mulheres possam ter dignidade com as<br />

outras mulheres que sofrem na vida na criação dos filhos, na violência doméstica e no<br />

respeito mútuo de si. Apesar de sua idade avançada, a mesma demostra grande<br />

satisfação por pertencer ao gênero lhe designado, ao gênero 215 de ser mulher.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A vida no campo e a luta pela posse da terra se confundem com as histórias<br />

dessas inúmeras e outras mulheres e homens que vivem no mundo chamando “roça”.<br />

Um mundo rico e cheio de tradição oral e senso comum que foram construídos no<br />

decorrer da colonização do país – sendo visível a luta pelo campo com os quilombolas,<br />

pescadores de área de ribeirinhas, trabalhadores braçais das várias culturas existentes no<br />

Brasil (milho, café, cana de açúcar e etc.) indígenas e as mulheres quebradeiras de coco<br />

babaçu. A vida no interior do maranhão, na região de cocais, foi dilatando-se no<br />

decorrer das gravidades dos conflitos agrários e pela posse de um pedaço de chão para<br />

plantar e criar a sua vida.<br />

Diante deste cataclismo, várias famílias migraram para outras regiões do<br />

estado do Maranhão, e muitas delas adentraram no território do município de<br />

Imperatriz, nas décadas de 40, 50 e 60 da nossa história. Famílias essas que além de<br />

trazer as suas culturas e formas de ver o mundo; como também passaram alterar a sua<br />

aprendizagem no trato com a cultura im<strong>ate</strong>rial de seus antepassados. Á exemplo disso,<br />

as mulheres quebradeiras de coco babaçu da região tocantina e em especial do<br />

município de Imperatriz, a segunda maior cidade do estado, passaram a exercer essa<br />

215 No seu uso mais recente, o “gênero” parece ter aparecido primeiro entre as feministas americanas que<br />

queriam insistir no caráter fundamentalmente social das distinções baseadas pelo sexo. Gênero: uma<br />

c<strong>ate</strong>goria útil para análise histórica, Joan Scott. 1989<br />

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