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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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de filosofia em outro curso superior não está habilita a lecionar filosofia<br />

especificamente e nem possui competência para esta especificidade, uma vez que a<br />

leitura e a análise direta do texto é uma condição de possibilidade para a crítica e, nesse<br />

sentido, “um pressuposto necessário e decisivo para o exercício da cidadania”<br />

(PCN,1999:337).<br />

Surgiram então as seguintes interrogações: onde se deveria pensar qual o<br />

objetivo de uma disciplina estranha a determinado espaço de saber (ensino da Filosofia<br />

para não filósofos) – e um problema sobre qual seria a função do professor de Filosofia<br />

(tanto para os cursos regulares de filosofia como para os de não filósofos). Assim,<br />

surgiu a questão sobre o tipo de conhecimento que o professor deveria possuir e<br />

produzir para ensinar a Filosofia e de que modo ele deveria problematizar o ensino da<br />

Filosofia para entendê-lo melhor. Busquei, então, problematizar (1) o que seria o ensino<br />

e o que seria o processo de ensino/aprendizagem tão presente no discurso dos<br />

educadores, e (2) o que fazer para entender seu funcionamento. Afinal, perguntei-me:<br />

(3) qual é a experiência necessária ao fazer e ao ensinar/aprender filosofia para que o<br />

seu ensino realmente se efetive?<br />

Pensar sobre essas questões é, antes de mais nada, pensar sobre o que me<br />

acompanhou: o Curso de Filosofia, colegas de estudo, alunos das escolas onde trabalhei<br />

(e isso abrange a UFMA), o grupo de pesquisa, professores, e colegas de trabalho, etc.<br />

Assim, não quero pensar sobre o ensino da filosofia, mas criar uma estratégia diferente<br />

– que faz ressoar Nietzsche, Deleuze e Foucault – para pensá-lo: como um desejo<br />

violento de pensar a minha própria vida (cf. Vilela, 2007, p.672). O que faz o filósofo<br />

quando uma de suas tarefas no contexto presenteé ser professor de Filosofia?<br />

A presença da filosofia no currículo<br />

O que percebemos dentro do Brasil é um “aparecimento” e<br />

“desaparecimento” da filosofia dentro da estrutura curricular brasileira. No panorama<br />

geral do ensino da Filosofia, a reviravolta dessa situação se deu em outro contexto. Em<br />

1961, a partir do Decreto de Lei n.4.024/61, a filosofia deixou de ser obrigatória no<br />

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