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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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vários retrocessos que se perpetuam através dos desafios e dificuldades encontrados em<br />

sala de aula atualmente.<br />

Sabemos que na EJA, diferente do ensino regular, é comum a presença de<br />

alunos com diferentes faixas etárias e vivências. É uma educação voltada para o público<br />

adulto, mas que por conta de inúmeras reprovações, casos sucessivos de indisciplina, e<br />

até problemas de desenvolvimento nas classes regulares, muitos jovens acabam<br />

migrando para esta modalidade de ensino. Assim, a turma se torna heterogênea, e essa<br />

heterogeneidade, acaba se tornando um dos grandes desafios para os professores que<br />

atuam na EJA.<br />

É preciso que os docentes tenham sensibilidade para flexibilizar o currículo,<br />

planejando os conteúdos que serão ministrados de maneira intrínseca as vivencias e<br />

experiências dos alunos. “Na EJA é preciso olhar o sujeito. Numa comunidade de<br />

pescadores, por exemplo, que passam 15 dias no mar, o ensino deve ser diferenciado",<br />

declara a professora Eline Ribeiro de Andrade, professora do Núcleo de Educação de<br />

Jovens e Adultos (EJA), da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio<br />

de Janeiro.<br />

Outro desafio encarado pelos profissionais da EJA, é a falta de m<strong>ate</strong>riais<br />

adequados para a modalidade. Ainda nos deparamos com metodologias infantilizadas<br />

destinadas a este público; como por exemplo, livros didáticos que que são<br />

desarticulados às problemáticas característicos da fase adulta, e também, levando em<br />

consideração o processo de formação docente, percebemos que em parte, isto se deve ao<br />

fato de que na grande parte dos cursos de graduação, a grade curricular ainda não<br />

contempla de maneira efetiva, métodos e procedimentos condizentes com a realidade<br />

dos alunos.<br />

Portanto, faz com que boa parte dos graduandos que atuarão na EJA, não<br />

tenham noções de metodologias adequadas a realidade destes alunos, e as suas<br />

experiências extraclasse. “No mínimo, esses educadores precisam respeitar as condições<br />

culturais do jovem e do adulto analfabeto. Eles precisam fazer o diagnóstico histórico-<br />

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