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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A ideia que prevaleceu sobre o conceito de “Corpo Humano” entre os sete<br />

docentes entrevistados centra-se no discurso biológico. Os conhecimentos de anatomia e<br />

fisiologia são utilizados para falar sobre o corpo. O que prevaleceu foi o discurso do<br />

corpo matéria, do corpo embriológico, do corpo fisiológico (e em movimento) e do<br />

corpo reprodutivo.<br />

Outro discurso presente nas representações docentes foi o corpo como<br />

“Máquina”. Uma máquina anátomo-fisiológica que deve ser exercitada para não falhar.<br />

O corpo também foi percebido como uma estrutura que deve carregar a<br />

insígnia da “Saúde”. Assim, as atividades físicas são fundamentais para a manutenção<br />

da higidez e promover a “qualidade de vida”.<br />

A ideia de corpo cultural se fez presente nas representações docentes mesmo<br />

que de forma menos expressiva. Apareceram significativas representações sobre o corpo<br />

a partir de olhares que ultrapassem a visão biomecânica.<br />

Para a maioria dos professores os conteúdos a serem abordados devem<br />

priorizar a abordagem sobre exercícios físicos, movimentos, fortalecimento do corpo.<br />

Outros conteúdos que devem ser ensinados aos alunos: temas relacionados à saúde,<br />

conteúdos de ginástica, dança, jogos e a discussão da cultura corporal.<br />

No que se refere às representações de como ensinar o tema “Corpo” nas<br />

aulas de Educação Física, prevaleceram ideias que reforçam a dicotomia entre “aulas<br />

práticas” e “aulas teóricas”.<br />

As aulas práticas são muito valorizadas como ações metodológicas para<br />

discursar sobre o corpo. Ainda, existe uma percepção entre os docentes de que as aulas<br />

teóricas são complexas de ministrar e que os alunos só entendem a Educação Física se<br />

praticada em outros espaços que não seja a sala de aula.<br />

Por ser um objeto de investimento social e cultural, é importante que<br />

existam discussões que ultrapassem os olhares biomédicos do corpo. É um equívoco<br />

continuar a imaginar o corpo segmentado. Essa lógica é positivista e cartesiana e assim<br />

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