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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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estudar. “Não, eu quero ser professor, eu quero ser doutor, eu quero fazer um<br />

mestrado”. Então isso é de uma importância muito grande, para mostrar para<br />

a sociedade que as pessoas com deficiência podem fazer o que elas querem e<br />

quando elas querem. Não é uma deficiência que vai dizer: não posso fazer<br />

isso (A2).<br />

Diante dessa concepção, ressalta-se a perspectiva social da deficiência<br />

defendida por Omote (2005), Chahini (2010) e Mendes e Picollo (2012) dentre outros,<br />

quando estes ressaltam a importância de o meio social oferecer as condições para que a<br />

deficiência não seja um impedimento na realização dessas pessoas. Assim, concorda-se<br />

com o discente A2 ao enfatizar que “Não é uma deficiência que vai dizer: não posso<br />

fazer isso”, mas é necessário que tenhamos uma sociedade em condições de oferecer as<br />

bases para que a pessoa com deficiência desenvolva suas potencialidades.<br />

O discente A8 reconheceu o processo de inclusão de pessoas com<br />

deficiência como positiva, mas que este “ainda não acontece de fato”. A mesma opinião<br />

teve o participante A7 que apontou a importância de a universidade trabalhar com<br />

mecanismos que garantam não somente o ingresso, mas a permanência de pessoas com<br />

deficiência na universidade, pois essa fragilidade teria contribuído para que alguns<br />

alunos abandonassem os seus cursos.<br />

É o seguinte, a universidade ela... A narrativa é muito bonita, é uma narrativa<br />

ótima, mas na prática essa inclusão não tá funcionando, a inclusão ainda está<br />

em passos muito lento. Acho que falta a universidade criar instrumentos,<br />

ferramentas que garantissem a permanência desse aluno, não só o aluno<br />

entrar na universidade, mas garantir a permanência dele (A7).<br />

O discente A9 também reconheceu os avanços e apontou a grande<br />

dificuldade que existe para as pessoas com deficiência serem, de fato, incluídas no<br />

contexto universitário. Os seus relatos deixaram evidentes que a inclusão nesse nível de<br />

ensino, assim como em outras instâncias da vida social é “processo” e, por isso, precisa<br />

continuar sendo impulsionado pelos sujeitos sociais, pelas instituições, etc.<br />

Eu acho que a gente não pode dizer que nada tem sido feito. Que não<br />

melhorou, porque melhorou. Assim... Há um tempo nem as rampas que tem,<br />

tinham. Mas a gente não pode dizer, nem de longe, que a inclusão ela é<br />

efetiva, porque a gente sabe que ainda tem muita gente que desiste dos seus<br />

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