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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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O padre Luís Figueira da Companhia de Jesus, faz uma alusão em seu<br />

memorial sobre a total dependência dos soldados portugueses com relação aos serviços<br />

prestados pelos nativos. Em todos os aspectos, desde a mediação para comercialização,<br />

até mesmo com a ativa participação nas guerras no Estado.<br />

A obrigação que sua Magestade lhe tem, he, que nas guerras que se<br />

offerecerão com Olandeses, ; ingleses naquelas partes, ajudão, ; ajudarão<br />

sempre aos Portugueses, assi com suas armas, como dandolhe,;<br />

administrando-lhe todos os mantimentos de farinha, carne,; peixe, remamndo<br />

sempre as canoas de guerra, sem que sua Magestade gaste nada, nem os<br />

portugueses. E lhes fazem todos os mais serviços, ; tudo isso sem galardão<br />

(LEITE, 1940, p. 208).<br />

Na América espanhola, Dussel em seu livro aborda os escritos de Clarivejo<br />

que era um jesuíta e professor no México no período colonial, sobre a importância dos<br />

indígenas e da cultura ameríndia, isso nos refletir sobre uma abordagem comparativa,<br />

que assim como na América espanhola tem-se a importância de nações indígenas, na<br />

América portuguesa também, principalmente quando se pensa o Estado do Maranhão.<br />

Dussel escreve que<br />

Clarivejo usa as obras de Carlos de Siguenza y Gonzaga y Góngora e de<br />

outros jesuítas de sua época. Afirma que a cultura ameríndia é comparável às<br />

grandes culturas clássicas da humanidade (como a egípcia, a grega ou a<br />

romana). Racialmente, não lhes é inferior em nada. Afirma-se, então, o valor<br />

cultural indígena com relação àquelas culturas que os europeus aceitavam<br />

como suas origens (DUSSEL, 2014, p. 442).<br />

É interessante ressaltar que Dussel, assim como, o escritor Clarivejo que<br />

viveu na América Espanhola, rompem com esse esquema eurocêntrico, em que só os<br />

europeus eram superiores, haviam feito construções melhores ou eram bem mais<br />

equipados, não esquecendo que no Estado do Maranhão, em pleno século XV<strong>II</strong>, os<br />

oficiais e viajantes dos reinos ibéricos escreviam sobre a total dependência em relação<br />

aos nativos, já que nessa região, teriam que se adaptar a região. Fazendo uma<br />

abordagem comparativa, Dussel ressalta<br />

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