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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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aça, etnia, discriminação, assim como ao conhecimento do legado africano e das lutas<br />

da população negra no Brasil, entre outros. Tal fragilidade pode cristalizar estereótipos e<br />

preconceitos, assim como agudizar conflitos entre aluno/as de raça/etnias diferentes.<br />

Nesse sentido, uma sólida fundamentação teórica acerca das questões contempladas na<br />

abordagem das relações étnico-raciais é imprescindível nesse processo, constituindo-se<br />

uma condição para a concretização de boas situações de ensino e aprendizagem.<br />

O próprio Parecer sobre as DCN ERER contempla essa questão:<br />

Para tanto, há necessidade, como já vimos, de professores qualificados para o<br />

ensino das diferentes áreas de conhecimentos e, além disso, sensíveis e<br />

capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de diferente<br />

pertencimento étnico-racial, no sentido do respeito e da correção de posturas,<br />

atitudes, palavras preconceituosas. Daí a necessidade de se insistir e investir<br />

para que os professores, além de sólida formação na área específica de<br />

atuação, recebam formação que os capacite não só a compreender a<br />

importância das questões relacionadas à diversidade étnico-racial, mas a lidar<br />

positivamente com elas e, sobretudo criar estratégias pedagógicas que<br />

possam auxiliar a reeducá-las (BRASIL, 2004a, p.08).<br />

Tais desafios para a formação docente são agudizados quando referidos à<br />

Educação Infantil. Isso porque, no Brasil, o <strong>ate</strong>ndimento à criança pequena teve seu<br />

início marcado pela ideia de assistência ou amparo aos pobres e necessitados, sendo que<br />

as instituições (creches, em geral), por muito tempo, eram vinculadas a associações<br />

filantrópicas ou órgãos de assistência e bem-estar social e não aos órgãos educacionais<br />

das diferentes esferas administrativas (CORREA, 2007).<br />

Subjacente a esse direcionamento, a exigência de formação mínima para o<br />

trabalho nessas instituições, assim como os próprios processos formativos foram<br />

secundarizados ou negligenciados. Aliado – e em decorrência – à informalidade e à<br />

baixa remuneração, a reduzida formação específica marcaram quase um século de<br />

<strong>ate</strong>ndimento à infância.<br />

O processo de transformação dessa visão em um entendimento que na<br />

Educação Infantil o cuidar e o educar fazem parte intrinsecamente do universo da<br />

criança e, portanto, são indissociáveis, foi permeado por intensos deb<strong>ate</strong>s e revisão de<br />

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