II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

oral”, pois, as línguas indígenas no Brasil, são originalmente sem escrita, ágrafas.
(CUNHA, 2016). É importante destacar, que as relações dos índios com o Estado
brasileiro, na atualidade, sob diversos aspectos, têm os mesmos, problemas de séculos
passados, permanecem a “má vontade e desleixo das autoridades”. (GOMES, 2012).
O corpo do trabalho está distribuído nas seções: povos indígenas no Brasil,
destacando que esses povos foram historicamente vítimas de perseguição, e que sempre
viveu e vivem uma história de lutas, avanços e retrocessos em busca de políticas
públicas que respondam aos seus interesses e necessidades. Em seguida, aborda a
política indigenista no Brasil, criada após a promulgação da Constituição de 1988, que
reconheceu o país como um Estado multicultural. Na seção seguinte falo sobre a política
de educação escolar indígena. Nas considerações finais ressalto a problemática que
envolve a educação escolar indígena.
POVOS ÍNDIGENAS NO BRASIL: um pouco de história
Em 1500, quando os europeus “desembarcaram” no território em que se
localiza o Brasil, encontraram inúmeros habitantes, que possuíam diferentes línguas,
culturas e relacionavam-se entre eles e a natureza de modo peculiar.
A terra “descoberta possuía muitos donos”. (COELHO, 2003). Diante da
diversidade de etnias, os “descobridores”, criaram uma única categoria para representar
todos os povos: “índios”. Em decorrência da ignorância dos “europeus por não
distinguirem a diversidade de etnias, o termo índio permanece”, ainda, nos dias atuais,
(TIRAPELI, 2006).
Nesse contexto, se criou e consolidou uma concepção etnocêntrica, na
relação entre índios e europeus/brancos, a qual mostrava os primeiros habitantes do
Brasil como seres inferiores, prontos para serem dominados. Esse processo iniciou-se
desde que receberam a denominação “índio”. Há uma imposição de poder,
primeiramente, um poder simbólico. Partindo do pressuposto de que “formas de
classificação são formas de dominação”. (BOURDIEU, 2004). O poder simbólico, em
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