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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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diversas situações, inclusive, em relação às questões ligadas ao seu corpo. Percebe-se,<br />

como consequência disso, que não há comportamento que não passe pela influência<br />

cultural e é sobre a égide dessa influência que os corpos também são formados. O ser<br />

humano modifica constantemente seu corpo, sem se dar conta da importância e da<br />

ligação entre essa necessidade e o resto de suas relações sociais. E ainda, percebe-se<br />

que, mais do que uma consequência biológica, a cultura é fundamental para a evolução<br />

do ser humano, pois toda ação humana é considerada um ato social que obtém<br />

significados diferentes dependendo da sociedade em que ocorre (MONTEIRO;<br />

SOUZA, 2008).<br />

Gerrtz (1989) ao balizar-se neste conceito, afirma que para entender o que é<br />

cultura, e como ela influencia as ações de um determinado grupo, é preciso identificar e<br />

perceber como as pessoas são, como se relacionam, como agem e interagem, é,<br />

portanto, ir além do visível, é mergulhar de fato no significado das ações desenvolvidas<br />

pelos indivíduos em suas sociedades.<br />

Breton (2006) comenta que, a imagem coloca o ator sob o olhar apreciativo<br />

do outro, conforme o aspecto ou detalhe da vestimenta, do rosto ou do corpo. Os<br />

estereótipos se fixam com predileção sobre as aparências físicas e as transformam em<br />

estigmas. Sobre a Educação Física e as questões de gênero que foi mencionada por um<br />

dos professores, Francis Madlener de Lima e Nilson Fernandes Dinis comentam que:<br />

A disciplinarização dos corpos também atravessa a formação das identidades<br />

de gênero, marcada pelo predomínio de uma tradição biológica/tecnicista<br />

arraigada na história e nas práticas da Educação Física. Essa tradição pode<br />

ser percebida nas práticas escolares nas quais prevalecem a prática desportiva<br />

e a divisão das atividades entre meninos e meninas. A aula de educação<br />

física, dessa forma, acaba fortalecendo padrões e estereótipos de gênero,<br />

produzindo sujeitos masculinos e femininos (LIMA; DINIS, 2007, p. 6).<br />

Para Fraga (2000), é na Educação Física que essa distinção é salientada<br />

repetidamente. Isto é observado na separação de grupos de meninas e grupos de<br />

meninos nas aulas práticas. “Desta forma, fecha-se a porta para as diversas<br />

manifestações de masculinidades e feminilidades existentes, limitando as experiências a<br />

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