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que certos discursos circulem ou silenciem (GREGOLIN, 2007 apud CUTRIM, et al.,
2016).
Relacionado ao conceito de FD, temos o de memória discursiva, que para a
AD não é a mesma que tem a Psicologia.
[...] a noção de memória discursiva não se confunde com a noção de memória
da Psicologia (repositório de informações adquiridas ao longo do tempo),
pois diferentemente desta aquela diz respeito às formas significantes que
levam uma sociedade a interpretar-se e a compreender-se através dessa
interpretação (GREGOLIN, 2005, p. 21).
Sendo assim, memória discursiva relaciona-se a sentidos e formas
significantes que são reavivados no interdiscurso.De posse desses conceitos, e
concebendo corpo não enquanto instância biológica que nasce, cresce, reproduz-se e
morre, mas enquanto prática discursiva entendida como conjunto de regras anônimas,
históricas determinas temporal e espacialmente, que definiram em dado momento e para
uma determinada área, podendo ela ser social, econômica, geográfica ou linguística, as
condições necessárias para o exercício da função enunciativa (MILANEZ, 2009 apud
FOUCAULT, 2000).
3. A representação feminina na propaganda Vai e vem
Buscando apoio nas discussões feitas anteriormente, vejamos como os
efeitos de sentido sobre o corpo feminino são construídos na propaganda da cerveja
Itaipava (2015) que, como já foi dito, foi exibida na televisão e ainda encontra suporte
na internet, na plataforma digital de vídeos YouTube.
As propagandas de cerveja, em geral, ainda visam atingir um público majoritariamente
masculino 259 , por isso utilizam os corpos femininos para seduzir esse público. Rockenbach (2009, p. 33)
259 Um estudo do IBGE (2014) apurou que o número de homens que consomem algum tipo de bebida
alcoólica é quase o triplo do de mulheres. Os dados foram: 36,3% dos homens (25 milhões) em oposição
a 13% das mulheres (10 milhões). Disponível
em:.
Acesso em: 09 nov. 2017.
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