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Visualizando tal aspecto, analisa-se a necessidade de manter uma ordem, de
conter deteriorações estruturais de algo valoroso socialmente ou indo até para outras
linhas, como é o caso das moralidades e o intuito de mantê-las continuamente afirmadas
e sólidas. Observando tal nuance pode se fazer relação com o que ocorria com as
organizações vinculadas à ditadura, onde através de seus mecanismos de inteligência,
muitas vezes usavam a força para conter aquilo que fugissem à lógica devida.
No entanto, suas atribuições se expandem ao passo que percebe-se um dado.
A aliança firmada entre os países do Cone Sul que vieram a compor as
ditaduras latino-americanas denominada de Operação Condor 173 , visando perseguir
aqueles que se levantavam contra as ordens que foram instituídas pelos regimes é prova
que a intolerância aos subversivos expandiu-se, indo além das fronteiras nacionais.
O condor, outra simbólica ave que assim como falcão é lembrada por sua
força e astúcia no voo, articula-se de modo breve na captura de suas presas, assim como
a operação elaborada visava também exterminar tais indivíduos que se mostravam
dissidentes. Assim, de modo simbólico, o nome de tal operação ganha margens
metafóricas partindo do seu nome de batismo.
Refletir e problematizar sobre as intenções da operação que promoveu
desaparecimentos, torturas e obrigou o exílio dos ameaçados é uma das preocupações
dos estudiosos de regimes ditatoriais.
O extermínio dos adversários políticos visava condicionar o silenciamento
de homens e mulheres que lutavam por direitos básicos, como o de ir e vir, assim como
o de expressar-se, além de escolher seus representantes.
Tendo o apoio dos Estados Unidos em sua fundamentação e atuação, com
suporte financeiro e de inteligência nacional, a elaboração dos planos tomou uma
proposta letal para aqueles que se desviam do padrão.
Havia ainda a guinada esquerdista que representou de certo modo, uma
ameaça aos interesses do grupo anticomunista, não sendo bem vista nem pelos Estados
173 Ação coordenada dos sistemas de inteligências das ditaduras militares, visando trocar informações
com o fim de reprimir dissidentes do regime.
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