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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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No dia 30 de agosto de 2011, foi sancionado pelo Governo Estadual do<br />

Maranhão o Projeto de Lei n. 102/2011, de autoria do deputado Bira do<br />

Pindaré (PT), esse projeto fez valer o “dia estadual das quebradeiras de coco<br />

babaçu”, fixado anualmente no dia 24 de setembro. Esse é um dia<br />

determinado como dia simbólico de luta, posto que essa seja a data referência<br />

ao acontecimento do I encontro de quebradeiras de coco no estado do<br />

Maranhão. (JUNIOR; DMITRUK; MOURA, 2014 p.145).<br />

Mesmo com esses avanços em prol do babaçu e da preservação do mesmo,<br />

os babaçuais de todo o maranhão e em especial da mesorregião oeste do estado, vem<br />

sendo devastados. Ora por abastecimento do polo guseiro de Açailândia para a produção<br />

do carvão ou para dar mais espaço para as pastagens e plantio de eucaliptos. Todos para<br />

<strong>ate</strong>nder uma demanda do mercado internacional de ferro gusa, carne e celulose da<br />

sociedade industrializada.<br />

Uns dos fascículos produzidos pela nova cartografia social da Amazônia<br />

revelam alguns pontos que preocupa essas mulheres e movimentos sociais. O fascículo<br />

diz:<br />

O polo guseiro de Açailândia consome cerca de 90 por cento do carvão<br />

vegetal produzido no Pará, principalmente no município de Paragominas. As<br />

áreas onde as usinas fabricam o carvão compreendem: 60 municípios no<br />

Pará, 80 municípios no Maranhão e 30 municípios no Tocantins. Presencia-se<br />

uma constante procura pelo carvão do coco, face ao aumento das<br />

fiscalizações da madeira nativa por parte do IBAMA. O carvão do babaçu<br />

além de ser de ótima qualidade pode circular livremente nas estradas. Os<br />

caminhoneiros e fornecedores sequer precisam apresentar autorização para<br />

trafegar com o produto já que as cascas e o coco de babaçu estão livres da<br />

ATPF – autorização para transporte de produtos florestais (PROJETO NOVA<br />

CARTOGRAFIA SOCIAL DA AMAZONIA, 2005 p. 08).<br />

A situação é mais alarmante e já foi constatada essa prática nos povoados da<br />

zona rural do município de Imperatriz e outros próximos ao mesmo.<br />

Em algumas áreas o carvão é feito do cacho da palmeira. Essa pratica está<br />

ocorrendo nos povoados de Olho D’agua dos Martins, Matança, Bacaba,<br />

Coquelândia, São Felix e Petrolina, no município de Imperatriz; no povoado<br />

Ciríaco, no município de Cidelândia e no povoado Mundo Novo, no<br />

município de Amarante (PROJETO NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA<br />

AMAZONIA, 2005 p. 02).<br />

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