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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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Com isso o Tambor de Crioula deixa de ser um ritual marginalizado e passa<br />

a ser uma manifestação cultural admirada por toda a sociedade, o que nos fica muito<br />

claro o que já havia mencionado a Chauí que não é porque algo está no povo que é do<br />

povo.<br />

É importante observar ainda que existem muitas diferenças entre uma festa<br />

de Tambor de Crioula, organizada pelos próprios brincantes e uma apresentação<br />

programada por entidades oficiais, como a empresa Maranhense de Turismo.<br />

Quadro 01: Diferenças da dança do Tambor de Crioula<br />

RITUAL<br />

(Festa)<br />

Oferecida ao santo em pagamento de<br />

promessas;<br />

Grupo informal de amigos, vizinhos e<br />

parentes;<br />

Os brincantes são convidados ou<br />

vão espontaneamente para a festa a<br />

fim de se divertir;<br />

Os participantes comparecem com<br />

qualquer roupa;<br />

Não há números exatos de<br />

Participantes<br />

Qualquer brincante pode tocar cantar<br />

e dançar.<br />

Não há remuneração<br />

Não existem ensaios<br />

Festa de devoção particular de<br />

interesse do dono da festa<br />

Marginalizada pelos preconceitos da<br />

sociedade<br />

Fonte: FERRETTI, 2002, p.31.<br />

ESPETÁCULO<br />

(Apresentação Programada)<br />

Apresentada a turistas;<br />

Grupo formalizado como pequenas<br />

empresas;<br />

Os brincantes são convocados pelos<br />

promotores da festa;<br />

Apresentam-se com a “farda” do grupo;<br />

Número de participantes limitados<br />

Só participam as pessoas do grupo.<br />

Há remuneração<br />

Há ensaios<br />

Não há outras determinações<br />

Valorizada como exótica<br />

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