II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

formou duas turmas, a primeira no período de 2013 a 2015 e a segunda no período de
2015 a 2017.
Esta pesquisa investigou como o CEDEI contribuiu para o processo de
construção e fortalecimento da identidade docente a partir da formação continuada. Um
dos questionamentos fazia alusão ao entendimento acerca das categorias socialmente
construídas sobre o gênero feminino na educação, como por exemplo, o termo “Tia”,
usado para designar a profissional de educação infantil ao longo dos anos, eis aqui
algumas respostas 185 :
Somos profissionais da educação. Acredito que esses termos diminuem a
nossa importância enquanto profissionais que precisam ser valorizados. Não
vivemos mais uma educação assistencialista. (E7)
Eu penso que não servem para construção ou consolidação
antes o contrário. Desmerece a careira do professor de Educação Infantil.
(E22)
Essas nomenclaturas acabam que desvalorizando a formação
do profissional em Ed. Infantil, pois como sabemos para nos tornarmos
profissionais da área passamos pelo Ensino Superior, além das formações
continuadas que ajudam na prática pedagógica. (E27)
Observa-se do exposto que as falas se reportam a ideia de que não é pelo
fato de se tratar de uma figura feminina que a mulher seria considerada mais apta para o
trabalho com as crianças pequenas, ao contrário, assim como todo profissional da
educação, as professoras que exercem suas atividades laborais com as crianças necessita
de formação especificaconforme enfatiza E7 e E27, uma vez que:
Ensinar é uma profissão que exige certa tarefa, certa militância, certa
especificidade no seu cumprimento, enquanto ser tia é viver uma relação de
parentesco. Ser professora implica em assumir uma profissão, enquanto não
se é tia por profissão (FREIRE, 1997 p.09)
Assim sendo, observa-se na fala de Freire (1997), que há uma distinção
muito clara entre as funções conferidas a figura da professora e da tia. Outro destaque
185 As participantes da pesquisa serão denominadas de E1 a E30.
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