02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

República sanava o vício, suprindo a falta da iniciativa correta<br />

(Súmula 5/STF). A Súmula 5 foi objeto <strong>de</strong> críticas diversas, como<br />

a <strong>de</strong> que ela não atentaria para que o vício <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

ocorrido em uma etapa do processo legislativo contamina <strong>de</strong><br />

nulida<strong>de</strong> inconvalidável a lei que <strong>de</strong>le surge, bem assim a <strong>de</strong> que<br />

o Presi<strong>de</strong>nte da República não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>svestir-se das prerrogativas<br />

que a Constituição lhe assina. Objetou-se, mais, que a tese sumulada<br />

po<strong>de</strong> provocar o embaraço político ao Chefe do Executivo, o<br />

que a Constituição quis precisamente evitar, ao lhe reservar a iniciativa<br />

do projeto 106 . A Súmula, afinal, embora nunca tenha sido<br />

formalmente cancelada, foi sendo relegada na prática, até que se<br />

firmou que a inteligência sumulada não é mais aplicável 107 . Portanto,<br />

hoje, tem-se por certo que mesmo vindo o Chefe do Executivo<br />

a sancionar lei com vício <strong>de</strong> iniciativa, o diploma será<br />

inválido.<br />

Se o Presi<strong>de</strong>nte da República discorda do projeto, cabe<br />

vetá-lo.<br />

O veto, que é irretratável, <strong>de</strong>ve ser expresso e fundamentado<br />

na inconstitucionalida<strong>de</strong> do projeto (veto jurídico) ou na<br />

contrarieda<strong>de</strong> ao interesse público (veto político). O Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República dispõe <strong>de</strong> quinze dias úteis para apor o veto, comunicando<br />

em quarenta e oito horas ao Presi<strong>de</strong>nte do Senado os<br />

motivos que o levaram a essa <strong>de</strong>liberação.<br />

O veto po<strong>de</strong> ser total, quando abarca todo o projeto, ou parcial,<br />

se atinge apenas partes do projeto. O veto parcial não po<strong>de</strong><br />

recair apenas sobre palavras ou conjunto <strong>de</strong> palavras <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong><br />

normativa. O veto parcial não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> incidir sobre o<br />

texto integral <strong>de</strong> artigo, parágrafo, inciso ou alínea. Busca-se prevenir,<br />

assim, a <strong>de</strong>sfiguração do teor da norma, que po<strong>de</strong>ria acontecer<br />

pela supressão <strong>de</strong> apenas algum <strong>de</strong> seus termos 108 .<br />

O veto não é absoluto. É dito relativo. Com isso se <strong>de</strong>signa<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o Congresso Nacional rejeitar o veto, mantendo<br />

o projeto que votou. A rejeição do veto acontece na sessão conjunta<br />

que <strong>de</strong>ve ocorrer <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> trinta dias da sua aposição comunicada<br />

ao Congresso. Exige-se maioria absoluta dos <strong>de</strong>putados e<br />

maioria absoluta dos senadores, em escrutínio secreto, para que o<br />

veto seja rejeitado.<br />

1214/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!