02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1939 (arts. 1.031 a 1.046). A Lei n. 9.037/96, porém, trouxe significativa inovação<br />

ao tornar <strong>de</strong>spicienda a homologação da sentença arbitral pelo Po<strong>de</strong>r<br />

Judiciário, conferindo-lhe eficácia <strong>de</strong> sentença judicial (arts. 18 e 31).<br />

16 “Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as<br />

partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios<br />

que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato”. (Lei n. 9.307/96.)<br />

17 “Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes<br />

submetem um litígio à arbitragem <strong>de</strong> uma ou mais pessoas, po<strong>de</strong>ndo ser judicial<br />

ou extrajudicial”. (Lei n. 9.307/96.)<br />

18 “Art. 13. Po<strong>de</strong> ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança<br />

das partes”. (Lei n. 9.307/96.)<br />

19 “Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os<br />

mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Po<strong>de</strong>r Judiciário e,<br />

sendo con<strong>de</strong>natória, constitui título executivo”. (Lei n. 9.307/96.)<br />

20 “Art. 18. O árbitro é juiz <strong>de</strong> fato e <strong>de</strong> direito, e a sentença que proferir não<br />

fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Po<strong>de</strong>r Judiciário”. À exceção da<br />

homologação da sentença arbitral estrangeira, <strong>de</strong> competência do Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (art. 35 da Lei n. 9.307/96; arts. 215 a 224 do RISTF), a participação<br />

do Po<strong>de</strong>r Judiciário apenas ocorre quando haja a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

utilizar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> coação do Estado, nas hipóteses <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong><br />

cláusula compromissória, <strong>de</strong>sacordo entre as partes quanto à nomeação do árbitro<br />

e fixação <strong>de</strong> seus honorários, execução e <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentença<br />

arbitral, quando no curso da arbitragem surja controvérsia acerca <strong>de</strong><br />

direitos indisponíveis, condução <strong>de</strong> testemunhas, adoção <strong>de</strong> medidas coercitivas<br />

ou cautelares etc.<br />

21 SE-AgRg 5.206, Rel. para o acórdão Min. Nelson Jobim, julgada em<br />

12-12-2001, DJ <strong>de</strong> 30-4-2004, p. 29.<br />

22 HC 85.237/DF, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 29-4-2005; HC 87.164/<br />

RJ, Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, DJ <strong>de</strong> 29-9-2006; HC 84.181/RJ, Rel. Min.<br />

Marco Aurélio, DJ <strong>de</strong> 13-8-2004; HC 84.543/RN, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ<br />

<strong>de</strong> 1º-10-2004; HC 84.967/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ <strong>de</strong> 15-2-2005;<br />

HC 84.907/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 18-2-2005; HC 85.039/<br />

MS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ <strong>de</strong> 18-3-2005; HC 84.921/SP, Rel. Min.<br />

Eros Grau, DJ <strong>de</strong> 11-3-2005; HC 84.673/PE, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ <strong>de</strong><br />

1º-7-2005; HC 85.400/PE, Rel. Min. Eros Grau, DJ <strong>de</strong> 11-3-2005; HC<br />

86.233/PA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 14-10-2005), HC 90.617,<br />

Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, DJ <strong>de</strong> 7-3-2008.<br />

23 Art. 3º, Lei n. 8.038/90, com a redação dada pela Lei n. 12.019/2009.<br />

24 A própria legislação já vem se adaptando à novel exigência constitucional<br />

<strong>de</strong> ter o processo uma duração razoável. O § 1º do art. 400 do CPP, com a<br />

redação que lhe emprestou a Lei n. 11.719/2008, prevê que “as provas serão<br />

produzidas numa só audiência, po<strong>de</strong>ndo o juiz in<strong>de</strong>ferir as consi<strong>de</strong>radas irrelevantes,<br />

impertinentes ou protelatórias”, o que torna a apreciação judicial<br />

muito mais célere, dando efetivida<strong>de</strong> ao citado preceito constitucional.<br />

25 Luigi Ferrajoli, <strong>Direito</strong> e razão: teoria do garantismo penal, São Paulo:<br />

Revista dos Tribunais, 2002, p. 492.<br />

833/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!