02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

conforme à Constituição, e da <strong>de</strong>claração parcial <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

sem redução <strong>de</strong> texto.<br />

2. EFICÁCIA ERGA OMNES E DECLARAÇÃO DE<br />

CONSTITUCIONALIDADE<br />

1856/2051<br />

Questão que tem ocupado os doutrinadores diz respeito, todavia,<br />

à eventual vinculação do Tribunal no caso da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

constitucionalida<strong>de</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>ria ele vir a <strong>de</strong>clarar, posteriormente, a inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

da norma <strong>de</strong>clarada constitucional? Estaria ele vinculado à<br />

<strong>de</strong>cisão anterior?<br />

O tema suscitou controvérsias na Alemanha.<br />

A força <strong>de</strong> lei da <strong>de</strong>cisão da Corte <strong>Constitucional</strong> que confirma<br />

a constitucionalida<strong>de</strong> revelar-se-ia problemática se o efeito<br />

vinculante geral, que se lhe reconhece, impedisse que o Tribunal<br />

se ocupasse novamente da questão 1 .<br />

Por isso, sustenta Vogel que a aplicação do disposto no §<br />

31-2 da Lei Orgânica do Tribunal às <strong>de</strong>cisões confirmatórias<br />

somente tem significado para o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> publicação, uma vez que<br />

a lei não po<strong>de</strong> atribuir efeitos que não foram previstos pela própria<br />

Constituição.<br />

Do contrário ter-se-ia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que outras pessoas<br />

não vinculadas pela coisa julgada ficassem impedidas <strong>de</strong> questionar<br />

a constitucionalida<strong>de</strong> da lei, o que acabaria por atribuir à<br />

chamada eficácia erga omnes (força <strong>de</strong> lei) o significado <strong>de</strong><br />

autêntica norma constitucional 2 .<br />

É o que afirma na seguinte passagem <strong>de</strong> seu estudo sobre a<br />

eficácia das <strong>de</strong>cisões da Corte <strong>Constitucional</strong>:<br />

“A proteção para as <strong>de</strong>cisões confirmatórias da Corte <strong>Constitucional</strong><br />

que transcen<strong>de</strong>sse a própria coisa julgada não encontraria<br />

respaldo no art. 94, II, da Lei Fundamental. Semelhante proteção,<br />

que acabaria por impedir que pessoas não atingidas pela coisa julgada<br />

sustentassem que a <strong>de</strong>cisão estaria equivocada e que, em verda<strong>de</strong>,<br />

a lei confirmada seria inconstitucional, importaria na conversão<br />

da força <strong>de</strong> lei em força <strong>de</strong> Constituição. (...). O § 31, II, da Lei

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!