02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

da Constituição, em um caso qualquer, po<strong>de</strong>rá o órgão fracionário<br />

<strong>de</strong>cidir como <strong>de</strong> direito, <strong>de</strong>vendo guardar observância da <strong>de</strong>cisão<br />

sobre a questão constitucional 50 . Em outros termos, um novo procedimento<br />

na forma do art. 97 da Constituição somente seria necessário<br />

no caso <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> orientação por parte do próprio<br />

Tribunal.<br />

Questão interessante apreciada pela jurisprudência do Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral diz respeito à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar o<br />

procedimento previsto no art. 97 da Constituição na hipótese <strong>de</strong><br />

existir pronunciamento da Suprema Corte que afirme a inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

da lei ou do ato normativo. Em acórdão proferido no<br />

RE 190.728, teve a 1ª Turma do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, por maioria <strong>de</strong> votos, vencido o Ministro Celso<br />

<strong>de</strong> Mello, afirmar a dispensabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se encaminhar o tema<br />

constitucional ao Plenário do Tribunal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o Supremo<br />

Tribunal já se tenha pronunciado sobre a constitucionalida<strong>de</strong> ou a<br />

inconstitucionalida<strong>de</strong> da lei questionada.<br />

Orientação semelhante foi reafirmada em <strong>de</strong>cisão na qual se<br />

explicitou que “o acórdão recorrido <strong>de</strong>u aplicação ao <strong>de</strong>cidido<br />

pelo S.T.F nos RREE 150.755-PE e 150.764-PE”, não havendo<br />

necessida<strong>de</strong>, por isso, <strong>de</strong> a questão ser submetida ao Plenário do<br />

Tribunal. O Tribunal firmou entendimento no sentido <strong>de</strong> que a reserva<br />

<strong>de</strong> plenário da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei ou<br />

ato normativo funda-se na presunção <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> que<br />

os protege, somada a razões <strong>de</strong> segurança jurídica. Assim sendo,<br />

“a <strong>de</strong>cisão plenária do Supremo Tribunal <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> norma, posto que inci<strong>de</strong>nte, sendo pressuposto<br />

necessário e suficiente a que o Senado lhe confira efeitos erga<br />

omnes, eli<strong>de</strong> a presunção <strong>de</strong> sua constitucionalida<strong>de</strong>; a partir daí,<br />

po<strong>de</strong>m os órgãos parciais dos outros tribunais acolhê-la para<br />

fundar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> casos concretos ulteriores, prescindindo <strong>de</strong><br />

submeter a questão <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> ao seu próprio<br />

plenário” 51 .<br />

Tal posição sinaliza com (ainda que tímida) a equiparação<br />

entre efeitos da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> em se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

controle inci<strong>de</strong>ntal com os efeitos da <strong>de</strong>claração em controle<br />

concentrado. Deci<strong>de</strong>-se autonomamente com fundamento na<br />

1526/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!