02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Como se po<strong>de</strong> ver, o novo instituto introduziu profundas alterações<br />

no sistema brasileiro <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> leis ou atos concretos.<br />

1653/2051<br />

1.4. Características processuais: caráter principal ou<br />

inci<strong>de</strong>ntal<br />

Como típico instrumento do mo<strong>de</strong>lo concentrado <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, a ADPF tanto po<strong>de</strong> dar ensejo à impugnação<br />

ou questionamento direto <strong>de</strong> lei ou ato normativo fe<strong>de</strong>ral,<br />

estadual ou municipal, como po<strong>de</strong> acarretar uma provocação a<br />

partir <strong>de</strong> situações concretas, que levem à impugnação <strong>de</strong> lei ou<br />

ato normativo.<br />

No primeiro caso, tem-se um tipo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> normas em<br />

caráter principal, opera-se <strong>de</strong> forma direta e imediata em relação<br />

à lei ou ao ato normativo.<br />

No segundo, questiona-se a legitimida<strong>de</strong> da lei tendo em<br />

vista a sua aplicação em uma dada situação concreta (caráter inci<strong>de</strong>ntal).<br />

Aqui a instauração do controle <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> da<br />

norma na ADPF repercutirá diretamente sobre os casos submetidos<br />

à jurisdição ordinária, uma vez que a questão prejudicial<br />

a ser dirimida nesses processos será elevada à apreciação do Supremo<br />

Tribunal. No que concerne à prática, esse controle<br />

assemelha-se ao controle concreto do <strong>Direito</strong> europeu (suspensão<br />

dos processos em que a controvérsia constitucional foi suscitada e<br />

remessa da questão prejudicial à Corte <strong>Constitucional</strong>) ou à cisão<br />

funcional que se realiza, entre nós, no controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

inci<strong>de</strong>ntal (art. 97), com o <strong>de</strong>staque da questão prejudicial<br />

surgida perante o órgão fracionário para ser apreciada pelo<br />

Plenário do Tribunal. Diferentemente do que se verifica no controle<br />

inci<strong>de</strong>ntal, em que se realiza uma cisão funcional no plano<br />

horizontal (do órgão fracionário para o Plenário ou para o órgão<br />

especial), tem-se, na ADPF, uma cisão funcional no plano vertical<br />

(<strong>de</strong> órgãos das instâncias ordinárias para o STF). Daí por que<br />

haverá <strong>de</strong> se cogitar, normalmente, nesses casos, <strong>de</strong> suspensão<br />

cautelar dos processos ou <strong>de</strong> julgamento dos feitos até a <strong>de</strong>liberação<br />

<strong>de</strong>finitiva do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (Lei n. 9.882/99, art.<br />

5º, § 3º).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!