02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ocorrerá revogação, dado que, por outro princípio elementar, a lei<br />

posterior revoga a lei anterior com ela incompatível e a lei constitucional,<br />

como lei que é, revoga as leis anteriores que se lhe<br />

oponham” 97 .<br />

1445/2051<br />

A <strong>de</strong>speito das objeções bem fundamentadas suscitadas<br />

pelo Ministro Pertence — firme na convicção <strong>de</strong> que recusar a via<br />

da ação direta para aferir a constitucionalida<strong>de</strong> das normas anteriores<br />

à Constituição é expurgar do STF missão e responsabilida<strong>de</strong><br />

que são suas, bem como <strong>de</strong> que qualificar <strong>de</strong> revogação o fenômeno<br />

<strong>de</strong> comparação da compatibilida<strong>de</strong> entre uma norma e a<br />

Constituição não exclui a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> também entendê-lo<br />

como controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, portanto, sindicável pela<br />

via da ação direta perante a Corte <strong>Constitucional</strong> —, a jurisprudência<br />

do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral continua a enten<strong>de</strong>r que a<br />

questão da inconstitucionalida<strong>de</strong> somente se põe quando se cuida<br />

<strong>de</strong> lei posterior à Constituição.<br />

Anote-se, todavia, que, em julgamento realizado em<br />

1º-8-2006, o Tribunal rejeitou a preliminar <strong>de</strong> não conhecimento<br />

da ADI 3.619 98 , proposta contra os arts. 34, § 1º, e 170, I, da Consolidação<br />

do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do<br />

Estado <strong>de</strong> São Paulo. Ressaltou o relator, Ministro Eros Grau, que<br />

os preceitos impugnados, embora reproduzissem normas assemelhadas<br />

veiculadas originalmente na Resolução n. 576/70, estavam<br />

inseridos no Ato n. 1, <strong>de</strong> 2005, que consolidou, em texto único,<br />

diversas resoluções anteriores. É, portanto, afirma, “posterior à<br />

vigente Constituição do Brasil, sendo revestido <strong>de</strong> autonomia suficiente<br />

para ser submetido ao controle concentrado <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>”.<br />

Nas palavras <strong>de</strong> Pertence, proferidas no mencionado<br />

julgamento “uma norma pré-constitucional, ao se incorporar a um<br />

diploma pós-constitucional, que a po<strong>de</strong>ria alterar, transforma-se<br />

em norma pós-constitucional, <strong>de</strong> modo a admitir, conforme a jurisprudência<br />

do Supremo, o controle abstrato”.<br />

Observe-se, ainda, que, ao apreciar a ADI 3.833 99 , que impugnou<br />

o Decreto Legislativo n. 444/2003 em face da EC n. 41/<br />

2003, o Tribunal houve por bem afirmar que, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> se<br />

cuidar <strong>de</strong> direito pré-constitucional, po<strong>de</strong>ria a Corte reexaminar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!