02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A omissão parcial envolve, por sua vez, a execução parcial<br />

ou incompleta <strong>de</strong> um <strong>de</strong>ver constitucional <strong>de</strong> legislar, que se<br />

manifesta seja em razão do atendimento incompleto do estabelecido<br />

na norma constitucional, seja em razão do processo <strong>de</strong><br />

mudança nas circunstâncias fático-jurídicas que venha a afetar a<br />

legitimida<strong>de</strong> da norma (inconstitucionalida<strong>de</strong> superveniente), seja,<br />

ainda, em razão <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong> forma incompatível<br />

com o princípio da igualda<strong>de</strong> (exclusão <strong>de</strong> benefício incompatível<br />

com o princípio da igualda<strong>de</strong>).<br />

1763/2051<br />

3. O MANDADO DE INJUNÇÃO NA JURISPRUDÊNCIA<br />

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL<br />

O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral teve oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreciar<br />

pela primeira vez as questões suscitadas pelo controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

da omissão na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989 13 .<br />

O mandado <strong>de</strong> injunção havia sido proposto por Oficial do<br />

Exército contra o Presi<strong>de</strong>nte da República que, segundo se<br />

alegava, não teria encaminhado, tempestivamente, ao Congresso<br />

Nacional, projeto <strong>de</strong> lei disciplinando a duração dos serviços temporários,<br />

tal como expressamente exigido pela Constituição (art.<br />

42, § 9º). O impetrante havia prestado serviço por nove anos e<br />

seria compelido a passar para a reserva ao implementar o décimo<br />

ano, se fosse aplicada a legislação pré-constitucional. Daí ter requerido<br />

a promulgação da norma prevista constitucionalmente.<br />

Ao lado <strong>de</strong>sse pleito principal, requereu ele, igualmente, a concessão<br />

<strong>de</strong> liminar que garantisse o seu status funcional até a<br />

pronúncia da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva.<br />

A inexistência <strong>de</strong> regras processuais específicas exigia, tal<br />

como já enunciado, que o Tribunal examinasse, como questão<br />

preliminar, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aplicar esse instituto com base,<br />

tão somente, nas disposições constitucionais. A resposta a essa<br />

questão <strong>de</strong>pendia, porém, da <strong>de</strong>finição da natureza e do significado<br />

<strong>de</strong>sse novo instituto.<br />

A Corte partiu do princípio <strong>de</strong> que a solução que recomendava<br />

a expedição da norma geral ou concreta haveria <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>s<strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!