02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

conforme a hipótese do art. 102, I, c, da Constituição, disse Nelson<br />

Jobim:<br />

1324/2051<br />

“Não impressiona o argumento concernente à competência estrita<br />

ou da inextensibilida<strong>de</strong> da competência <strong>de</strong>ste Tribunal ou <strong>de</strong> outros<br />

Tribunais Fe<strong>de</strong>rais para conhecer <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas ações. A interpretação<br />

extensiva do texto constitucional, também em matéria<br />

<strong>de</strong> competência, tem sido uma constante na jurisprudência do STF<br />

e do judiciário nacional em geral.(...) Recentemente, o STF reconheceu<br />

a sua competência para processar todo mandado <strong>de</strong> segurança,<br />

qualquer que fosse a autorida<strong>de</strong> coatora, impetrado por quem<br />

teve a sua extradição <strong>de</strong>ferida pelo Tribunal (Rcl. 2.069, Velloso,<br />

sessão <strong>de</strong> 27-6-2003)”.<br />

É certo, igualmente, que, antes <strong>de</strong> cogitar <strong>de</strong> uma interpretação<br />

restritiva ou ampliativa, compete ao intérprete verificar<br />

se, mediante fórmulas pretensamente alternativas, não se está a violar<br />

a própria <strong>de</strong>cisão fundamental do constituinte ou, na afirmação<br />

<strong>de</strong> Pertence, “Se nossa função é realizar a Constituição e<br />

nela a largueza do campo do foro por prerrogativa <strong>de</strong> função mal<br />

permite caracterizá-lo como excepcional, nem cabe restringi-lo<br />

nem cabe negar-lhe a expansão sistemática necessária a dar efetivida<strong>de</strong><br />

às inspirações da Lei Fundamental” 83 .<br />

Sobre essa questão, diz Canotilho:<br />

“A força normativa da Constituição é incompatível com a existência<br />

<strong>de</strong> competências não escritas salvo nos casos <strong>de</strong> a própria Constituição<br />

autorizar o legislador a alargar o leque <strong>de</strong> competências<br />

normativo-constitucionalmente especificado. No plano metódico,<br />

<strong>de</strong>ve também afastar-se a invocação <strong>de</strong> ‘po<strong>de</strong>res implícitos’, <strong>de</strong><br />

‘po<strong>de</strong>res resultantes’ ou <strong>de</strong> ‘po<strong>de</strong>res inerentes’ como formas<br />

autônomas <strong>de</strong> competência. É admissível, porém, uma complementação<br />

<strong>de</strong> competências constitucionais através do manejo <strong>de</strong><br />

instrumentos metódicos <strong>de</strong> interpretação (sobretudo <strong>de</strong> interpretação<br />

sistemática ou teleológica). Por esta via, chegar-se-á a<br />

duas hipóteses <strong>de</strong> competência complementares implícitas: (1)<br />

competências implícitas complementares, enquadráveis no programa<br />

normativo-constitucional <strong>de</strong> uma competência explícita e<br />

justificáveis porque não se trata tanto <strong>de</strong> alargar competências mas<br />

<strong>de</strong> aprofundar competências (ex.: quem tem competência para tomar<br />

uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ve, em princípio, ter competência para a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!