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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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E mais à frente:<br />

«À angústia perante o abismo do niilismo alojado no âmago do Nacional-Socialismo respondeu<br />

HEIDEGGER, desde 1934/5, pensando com HOELDERLIN o futuro diferente, que a sua obra anuncia,<br />

com NIETZSCHE a essência do “niilismo europeu”, que urgia abandonar, e com os Pré-Socráticos a<br />

verdade como começo autêntico do pensar, que o Ocidente esqueceu» — os bold são nossos].<br />

Mas prosseguindo, agora, o que vínhamos dizendo, mais propriamente sobre a LIBERDADE: a<br />

Nossa concepção da Liberdade Humana procura ser <strong>Um</strong>a «Concepção "Integral"» da Liberdade:<br />

De ...»;<br />

— Contra os defensores de, apenas, uma Liberdade Negativa ⎯ «Freedom from ...», ou «Liberdade<br />

Ou, por outro lado, de, apenas, uma (ou várias) Liberdade(s) Positiva(s) ⎯ «Liberty<br />

...», ou «Liberdade(s) Para ...».<br />

[Com a devida licença do Leitor, faremos, de seguida, um «Desvio», para dizer o seguinte:<br />

( Liberties)<br />

to<br />

Como se sabe, esta dicotomia (Liberdade Negativa/Liberdade Positiva) foi inaugurada pelo Filósofo<br />

Britânico de Origem Báltica, Sir ISAIAH BERLIN (1909-1997), que herdou o conceito de Liberdade<br />

Negativa de BENJAMIN CONSTANT e que primeiro o defendeu como a liberdade autêntica (a<br />

liberdade liberal — e o que é esta liberdade liberal senão o que, mais atrás, chamámos a sempre<br />

prioritária liberdade interior ?), numa famosa inaugural lecture pronunciada em Oxford, em 1958,<br />

intitulada Two Concepts of Liberty, reimpressa em Four Essays on Liberty, 1969.<br />

Justamente a respeito de um Seminário de Rememoração de Sir ISAIAH BERLIN, a ocorrer no<br />

Convento da Arrábida, de 4 a 8 de Outubro de 1999, sob o título: «Recordando Sir ISAIAH<br />

BERLIN: Pluralismo sem Relativismo» — pode <strong>ler</strong>-se, num Texto alusivo a esse Autor e a essa<br />

Ocorrência (Expres-so-Revista, de 11 de Setembro de 1999, págs. 84-85), entre outras coisas, o seguinte:<br />

«(...) O pensamento político de BERLIN ultrapassa o paradoxo que por vezes se atribui <strong>ao</strong> pluralismo<br />

liberal, quando entendido de uma forma relativista, e que, de forma quase infantil, se pode colocar na<br />

seguinte questão:<br />

“Se o pluralismo assenta na relatividade de todas as opiniões, então deve também aceitar-se o<br />

totalitarismo ?”.<br />

Para BERLIN, o pluralismo é um valor que deve ser defendido em si, que tem valor por si próprio.<br />

É que, segundo BERLIN, há uma inevitável variedade de valores humanos últimos, que são dados<br />

objectivos e conhecíveis, mas que são irredutivelmente diversos. Quando esses valores entram em<br />

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