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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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governo, é fácil de adivinhar que Portugal não resistirá nem meia dúzia de anos à “reforma administrativa do<br />

século”. Foi por ter trabalhado e visto funcionar JARDIM de perto, durante dez anos, por lhe ter aturado as<br />

birras, as exigências, as chantagens, por lhe ter agradecido os votos e em troca ter ocultado os défices, por<br />

ter calado e consentido o que seguramente o escandalizava, que CAVACO SILVA ⎯ agora que já não é<br />

primeiro-ministro ⎯ está à vontade para dizer o que lhe vai na alma, sobre esta matéria. Que a criação das<br />

Regiões Administrativas é o fim do caminho».<br />

E ainda JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO, no seu <strong>texto</strong> intitulado Regionalização: a que preço ?<br />

– publicado no Semanário Expresso (caderno principal, pág. 23), de 3 de Outubro de 1998, tece as seguintes<br />

considerações: «(...) De uma forma geral, e como justamente têm vindo a salientar os mais insuspeitos<br />

“regionalistas” (que se opõem contudo a esta regionalização), não existem ainda os estudos necessários de<br />

carácter técnico e económico-financeiro em que possa apoiar-se uma reforma tão ambiciosa. Com efeito,<br />

não estão claramente definidas as atribuições e competências das regiões, não se tem sequer uma ideia<br />

acerca das suas “capitais” e instalações físicas (e, já agora, quanto custam) e ignora-se o seu regime jurídico<br />

e financeiro. (...) A prudência aconselharia pois a que o projecto de regionalização não prosseguisse antes de<br />

estes e outros aspectos se encontrarem clarificados. Mas, sem que se tivesse esforçado por criar um amplo<br />

consenso nacional em torno do mesmo, o Governo minoritário decidiu insensatamente ir para a frente com<br />

este processo de regionalização. Terá que ser o eleitorado através do referendo e com o seu habitual bom<br />

senso a poupar <strong>ao</strong> país os custos <strong>deste</strong> “erro colossal”».<br />

Deste mesmo último autor, veja-se também o <strong>texto</strong> intitulado Regionalização: atrazo de vida, no<br />

Semanário Expresso de 17 de Outubro de 1998, pág. 25 (caderno principal). E o <strong>texto</strong> intitulado <strong>Um</strong>a<br />

questão de identidade, no mesmo semanário, mas de 31 de Outubro de 1998.<br />

Por sua vez, de um ponto de vista assumidamente «de esquerda», veja-se, no jornal Público, de 4 de<br />

Outubro de 1998, pág. 25, o <strong>texto</strong> de RUI MANUEL DA ROCHA RUFINO (Professor de Filosofia, Mestre<br />

em História da Cultura Portuguesa — Ílhavo), significativamente intitulado: O mito da democraticidade da<br />

descentralização (alguns argumentos de esquerda contra a regionalização).<br />

Ainda discorrendo contra a «Regionalização», com argumentos que primam pela sensatez e a<br />

ponderação, veja-se o artigo de A. BARBOSA DE MELO, intitulado <strong>Um</strong> salto no escuro, no semanário<br />

Expressso (caderno principal), pág. 24, de 24 de Outubro de 1998. E no mesmo semanário, mas de 31 de<br />

Outubro de 1998, os <strong>texto</strong>s de JOAQUIM AGUIAR, O mau momento; e de MARIA LUÍSA GUERRA, As<br />

razões históricas para as regiões na Europa.<br />

No con<strong>texto</strong> agora considerado do princípio (cristão) da subsidariedade e dos princípios (liberais)<br />

do pluralismo, da descentralização e da desconcentração administrativa, desde que desenvolvidos até às<br />

suas últimas consequências, é que acreditamos que, na «relativa organização» político-administrativa, no<br />

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