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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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sência do homem. O pensar não produz nem efectua esta relação. Ele apenas a oferece <strong>ao</strong> ser, como<br />

aquilo a que ele próprio foi confiado pelo ser. Esta oferta consiste no facto de, no pensar, o ser ter acesso<br />

á linguagem. A linguagem é a casa do ser. Nesta habitação do ser mora o homem. Os pensadores e os<br />

poetas são os guardas desta habitação. A guarda que exercem é o consumar a manifestação do ser, na<br />

medida em que a levam à linguagem e nela a conservam. Não é por ele irradiar um efeito ou por ser<br />

aplicado, que o pensar se transforma em acção. O pensar age enquanto exerce como pensar. Este agir é,<br />

provàvelmente, o mais singelo e, <strong>ao</strong> mesmo tempo, o mais elevado, porque interessa à relação do ser com<br />

o homem. Toda a eficácia, porém, funda-se no ser e espraia-se sobre o ente. O pensar, pelo contrário,<br />

deixa-se requisitar pelo ser, para dizer a verdade do ser. O pensar consuma este deixar. Pensar é l’enga-<br />

gement par l’ Être. (...)» ⎯ os Bold + itálicos são, deliberadamente, só nossos.<br />

O Mal é também o «Niilismo» — ou melhor: o «Negativismo», ou a «Negatividade»... —, que NIE-<br />

TZSCHE detectou, pôs em evidência e, afinal, «assumiu», no modo do que ele mesmo chamou de «Niilis-<br />

mo<br />

Activo»...<br />

—, como resultado da «Vontade de Poder» Radicalizada, inscrita no Humanismo (melhor:<br />

no Antropocentrismo) Moderno-Ocidental — e que não passa, afinal, de mais uma manifestação desta<br />

Pulsão de Morte, hoje manifesta na Destruição levada a cabo pela relação puramente «Instrumental»<br />

que a Tecnologia tem com a Terra («Gaia») e com os seus Seres Viventes, sejam Naturais ou<br />

Culturais (assim o entende o britânico JOHN GRAY...) — bem como também, não deixe de dizer-se, todo<br />

este «Pri-mitivismo e Relativismo Radical Anti-Normativo dito Pós-Moderno», que sustenta<br />

ideologicamente a ac-tual e altamente maligna «Desregulação Normativo-Cultural,<br />

Moral e Institucional<br />

Civilizacional Glo-bal» e que vem a possibilitar, enfim, o «Renascimento» daquilo que HOBBES chamara,<br />

no seu con<strong>texto</strong>, o «Estado de Natureza», que, como ele o pensara, conduziria, directamente à «Bellum<br />

Omnium Contra Om-nes».<br />

b) — O Bem, no homem, é o que o fundador da Psicanálise chamou a Pulsão de Vida, intrinseca-<br />

mente associada <strong>ao</strong> Princípio do Prazer: «Eros», como Amor-Físico ou Amor-Desejo (Amor «com»<br />

direc-ta finalidade Sexual), mas que também se pode Substancializar em «Ágape» — sendo este último o<br />

Amor- -Extático, ou Amor-Generosidade, como impulso de «Finalidade Inibida» e/ou<br />

«Substancialidade Inter-na» (simples Afectividade, «sem» directa finalidade Sexual: Amizade ou Estima,<br />

Amor Fraternal, Amor entre Pais e Filhos, Amor Espiritual e Amor a Deus para os Crentes, Amor como<br />

Generosidade, Altruís-mo Genuíno e Verdadeiramente Desinteressado (i. é: não exclusivamente ⎯ nem,<br />

sequer, predominante-mente ⎯, «Narcísico»...) e Amor e Caridade Cristãos, Etc.) — sendo, porém,<br />

que..., se Todo o Ágape é Eros, todavia..., Nem Todo o Eros é Ágape !!!<br />

Assim, «Eros» é uma «Tendência» que Conserva, Renova, Recria e Perpetua a Matéria Viva, a<br />

Complexifica, a Agrega em Unidades cada vez Maiores e é responsável pela Auto-Estima (Self-Esteem),<br />

pelo Amor Próprio (Self-Love) e pelo Sentimento de Dignidade Própria (Self-Dignity), pela Integridade e<br />

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