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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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que a de um confronto, à partida desigual, directo e sangrento com um simples animal irracional,<br />

mesmo que «bravio», mas quiçá mais «nobre» até do que os seus próprios «Carrascos»...<br />

<strong>Um</strong>a substantiva crítica certeira às Touradas e <strong>ao</strong> marialvismo, de um ponto de vista de uma saudá-<br />

vel e evoluída sensibilidade humana, moral e cultural, pode ver-se no excelente <strong>texto</strong> de<br />

MARGARIDA MARANTE, no semanário Expresso de 12 de Setembro de 1998, pág. 23, sob o título:<br />

Como Portugal recuou um século; e ainda, mas já em 1999, no mesmo Semanário, de 21 de Agosto de<br />

1999, o <strong>texto</strong> da mesma jornalista, a págs. 20 do Caderno Central, sob o título: Barrancos, o eclipse da<br />

política; ou, a págs. 28, no mesmo local, a coluna intitulada O que eles dizem, subscrita apenas pelas<br />

iniciais J.A.L.;<br />

— e a Televisão em geral, de que falaremos mais adiante, de um modo mais substantivo e crítico, e que<br />

se tornou, hoje, para muitas pessoas, quase uma autêntica quotidiana «necessidade» de psicológica<br />

dependência — manifesta, por exemplo, logo no simples gesto de que, a primeira coisa que fazem,<br />

quase inconscientemente, quando chegam a casa, ser ligá-la.... Apesar de dizerem sempre que<br />

«passam bem sem ela»!... Ocorrendo, porém, que, uma vez ligada a «caixa preta», esta se instala como<br />

o «único centro de interesse para todos», invadindo e dominando, totalitariamente, todo o possível<br />

«espaço convivial» e, desse modo, inviabilizando, ou neutralizando, à partida, quaisquer<br />

«alternativas comunicacionais» entre as pessoas presentes, mesmo que «algumas destas», nessa<br />

«inter-comunicação inter-pessoal» pudessem, no momento, ter «mais interesse» !... E de nada valendo<br />

as ilusórias «fugas» saltitantes através do que a respectiva gíria denomina de «Zapping» !... Ou,<br />

sequer, uma qualquer suposta «abundância de canais» !...<br />

E isto porque, regra geral, justamente «quem» liga a dita «caixa preta», pretende impôr as «suas»<br />

exclusivistas e muito «pessoais» preferências televisivas (quase sempre as mesmas...) a «todos os<br />

demais», sem sequer indagar, previamente, o que é que «os demais» prefeririam... — por isso que a<br />

Televisão acaba, afinal, a maior parte das vezes, por vir a ser, nesse «espaço convivial», não um «factor<br />

de consenso, união e coesão», mas de uma quase «inevitável», mas altamente indesejável,<br />

«perturbação» e de desnecessá-rias e desviantes «disputas»... Ao que só se pode «responder» com o<br />

puro e simples, <strong>completo</strong> «alhea-mento» ou «desinteresse» !<br />

Sobre a fenomenologia e a problemática contemporâneas da Televisão, veja-se, apresentado e anun-<br />

ciado no Cartaz-Expresso de 28 de Agosto de 1999 (pág. 23), o <strong>livro</strong> «demolidor» de JERRY<br />

MANDER, intitulado: Quatro Argumentos Para Acabar com a Televisão, Antígona, 1999.<br />

E, já agora, sobre a problemática da possível compatibilidade (?...), ou incompatibilidade, entre a<br />

«Palavra» e a «Imagem», no con<strong>texto</strong> da «Cena Ideológica» dos nossos dias e da, indenegável,<br />

«Ditadura da Televisão», aí instalada ⎯ dominadas pelo imperativo: «Video, Ergo Sum. O Ver, no<br />

lugar do Pensar, parece ocupar, mais e mais, a cena ideológica, já que o que se não vê, não existe...» ⎯,<br />

bem como, porquê, também, «(...) Deus-(Pai), a quem fica, na religião judaica, interdita a imagem,<br />

abre por aí mesmo o predomínio do pensamento sobre o sensorial (...)» ⎯ razão, essa mesma, porque:<br />

«(...) FREUD, em 1938, considerou ser esta passagem uma das mais importantes no processo de<br />

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