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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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determinante do atrazo ou do não-desenvolvimento económico e social do nosso país, antes, durante<br />

e depois do Salazarismo... — com algumas notáveis excepções, como D. ANTÓNIO FERREIRA<br />

GOMES, antigo Bispo do Porto, já falecido) casa-se perfeitamente bem com as ideias socialistas e<br />

estatistas no nosso país (é o «Catolicismo minus Cristandade» a que se referiu THOMAS HUXLEY)<br />

e ficou perfeitamente demonstrado, por exemplo, com a surpreendente e desproporcionada into<strong>ler</strong>ância<br />

inquisito-rial e falta de inteligência com que reagiram a propósito do inocente programa televisivo do<br />

humorista português HERMAN JOSÉ, do ano de 1996, sobre a Última Ceia de CRISTO — em que até<br />

nem sequer era minimamente visada ou beliscada a dignidade, humana ou divina, da pessoa de<br />

CRISTO, mas que suscitou as mais perplexizantes indignações.<br />

É que os católicos e a respectiva hierarquia, em Portugal, estão habituados a que o Catolicismo e a<br />

sua Cultura e Moral sejam considerados, reverencialmente, como a cultura, a moral e a religião<br />

domi-nantes (oficiais ?) do nosso país — e ficam muito indignados e reagem com aparatosa<br />

into<strong>ler</strong>ância e mo-ralismo purificador quando não lhes são reconhecidos esses privilégios !!!<br />

Por exemplo, não deixa de ser significativo, justamente a este propósito, que, em relação à mais recente<br />

«discussão» (inevitavelmente política e cultural...) sobre a Concordata de 1940, celebrada entre o<br />

Estado Português e a Igreja Católica — ou, dito de um modo deliberadamente mais «maldoso»: entre<br />

a tacanha, manhosa e muito limitada mentalidade aldeã e «temente a Deus» de um SALAZAR e o<br />

c<strong>ler</strong>ica-lismo reaccionário, de catecismo e sacristia, de um Cardeal CEREJEIRA... —, venha, agora, o<br />

Psicanalis-ta português CARLOS AMARAL DIAS (Cfr. o seu <strong>texto</strong> intitulado: Era <strong>Um</strong>a Vez a<br />

Concordata, a págs. 18, do nº. 1 426, de 26 de Fevereiro de 2 000, do Expresso-Revista) dizer-nos, não<br />

só, que o que verdadeira-mente se discute é: «... um reprimido que uma vez mais se perfila, a saber,<br />

sombra perversa de uma união mafiosa que teve em OLIVEIRA SALAZAR o seu agente.» —, como<br />

ainda o seguinte:<br />

«(...) O conteúdo latente da Concordata está pois muito distante do seu conteúdo manifesto. Desta, ir-<br />

se-ão discutir, provavelmente, trocos e pouco mais. Quanto <strong>ao</strong> conteúdo latente de uma identidade<br />

nacional abosolutista e acrítica, cega para a globalidade que a contextua e a relativiza, apenas a<br />

conscencialização coeva à mudança social traz à tona a memória; equívocos, tais como o da discussão<br />

sobre a Concordata, pretendem um sepulto para hoje, mas não desmistificam para amanhã» — os<br />

itáli-cos e os bold são nossos.<br />

A este respeito, convém referir o <strong>livro</strong> mais recente de FRANCIS FUKUYAMA, herdeiro intelectual do<br />

hegeliano francês ALEXANDRE KOJÉVE, intitulado em inglês: Trust: The Social Virtues and the<br />

Creation of Prosperity, Free Press, New York, 1995, traduzido para português por CARLOS LEITE<br />

BORGES, sob o título Confiança: Valores Sociais & Criação de Prosperidade, para a Gradiva, 1996,<br />

414 páginas, àcerca do qual encontramos o seguinte <strong>texto</strong> de divulgação antecipativa no Expresso-<br />

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