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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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. Sobre a invulgar intensificação da criminalidade em Portugal durante o Verão de 1996 (que, contudo,<br />

48,5% dos inquiridos na sondagem acima referida considera ter-se ficado a dever a «...simples<br />

coincidência no tempo») veja-se o conjunto de <strong>texto</strong>s agrupados sob a epígrafe geral intitulada A<br />

sangue frio, págs. 30 a 42 do Expresso-Revista de 21 de Setembro de 1996.<br />

Por outro lado, quanto à insegurança e impotência dos cidadãos portugueses face à falta de formação, às<br />

prepotências, corrupção, privilégios, abusos de poder, mesmo crimes e absoluta impunidade dessa mafia<br />

que são as nossas polícias, bem como até a «cumplicidade» da classe dos advogados e do próprio<br />

Ministério Público e a falta de autoridade do Ministro da pasta respectiva, veja-se, além das abundantes<br />

notícias que vieram a público no ano de 1996, cuja expressão máxima foi o «caso de Sacavém», ainda a<br />

excelente reportagem de FERNANDA CÂNCIO intitulada Sô doutor venha cá venha ver o qu’isto é, na<br />

revista Grande Reportagem, nº. 65, Ano VII, 2ª. Série, de Agosto de 1996, que desmente<br />

flagrantemente a existência prática de um Estado-de-Direito em Portugal.<br />

Veja-se ainda a titubeante e inconcludente entrevista do Ministro da Administração Interna, dada à<br />

mesma jornalista e intitulada Não respondo a provocações, no nº. 62, Ano VII, 2ª. Série, de Maio de<br />

1996, da mesma revista acima referida.<br />

E ainda na mesma revista, mas no nº. 63, Ano VII, 2ª. Série, de Junho de 1996, o <strong>texto</strong> da mesma<br />

jornalista intitulado Aconteceu no Carregado.<br />

Sobre este particular, não deixe de ver-se ainda — a título de «suporte documental» —, a mais do que<br />

«eloquente» peça jornalística intitulada: Quando os Polícias se tornam Bandidos, a págs. 28-34 da<br />

revista «VISÃO», nº. 361, de 10 a 16 de Fevereiro de 2 000.<br />

Entre estes dois tipos de insegurança, os portugueses estão, actualmente, verdadeiramente «entre<br />

Cila e Caríbdis» !!!<br />

Reconheça-se, contudo, que toda a crítica que vai aqui implicada às nossas autoridades policiais é, de<br />

algum modo, uma generalização que não pode deixar de admitir honrosas excepções: para uma visão<br />

que corrobora essas excepções, veja-se o interessante trabalho jornalístico de FELÍCIA CABRITA,<br />

intitulado Casos de Polícia, a págs. 36-53 do Expresso-Revista de 22 de Novembro de 1997, de que<br />

destacamos a seguinte passagem introdutória:<br />

«(...) Quando os Skinheads varreram à cacetada o Bairro Alto e mataram um negro fez-se disso um<br />

julgamento exemplar. Parece-me bem. Mas quando Gangs de negros espancaram até à morte um branco<br />

nas ruas da Arrentela ninguém piou. Não é politicamente correcto. E dizer invariavelmente o pior da<br />

bófia, está claro, é Gauche. É verdade que há quem decepe cabeças nas esquadras, espanque cidadãos só<br />

para dar pasto à mão, os que aceitam mercês e pequenas gentilezas. Mas, que raio, também existe o chui<br />

a sério, mais rígido que a própria lei, por quem chamamos quando nos roubam o carro, a casa, o<br />

frigorífico, etc. Esse, mesmo quando leva um balázio na fuça, nunca é herói nos cabeçalhos dos<br />

jornais».<br />

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