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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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também, ela própria, em muito boa medida, «responsável por aquilo que é», ou «por aquilo em que se<br />

tornou...» — base esta, justamente, para a doutrina ético-jurídico-criminal da «“culpa” ou<br />

“responsabilidade” pela formação da própria personalidade», de que se falará noutro lugar.<br />

Em abono desta nossa Tese, pode ver-se o ponto de vista do biólogo de Harvard, EDWARD O.<br />

WILSON, autor de Sociobiologia e de A Diversidade da Vida, que, segundo a reportagem do Expresso-<br />

Re-vista de 10 de Outubro de 1998, págs. 146-147, defende que:<br />

«(...) Tal como qualquer outra função do organismo, diz WILSON, o comportamento pode ser moldado<br />

pela evolução. As formigas evoluíram até atingir níveis muito elaborados de comportamento social, mas<br />

muitos desses comportamentos são fixados de forma rígida. Os seres humanos evoluíram também na<br />

luta pela sobrevivência. Mas, <strong>ao</strong> contrário das formigas, que têm os seus instintos programados, nos<br />

seres humanos as regras são epigenéticas, isto é, são formações neuronais que se limitam a predispor o<br />

cérebro a favorecer certos tipos de acção» — os itálicos são nossos.<br />

E acrescenta aquele autor: «A procura da natureza humana pode ser vista como a arqueologia das<br />

regras epigenéticas».<br />

A reportagem refere também a recente publicação de uma obra do autor com o título Consiliência, termo<br />

da autoria de WILLIAM WHEWELL, em 1840, que pretendia exprimir a ideia iluminista da «unidade<br />

da ciência ou do conhecimento humano» e que EDWARD WILSON retoma no sentido da unificação, já<br />

da física com a biologia, mas ainda também das chamadas «ciências exactas» (ou da Natureza) com as<br />

«ciências sociais» e as tradicionalmente chamadas «Humanidades» — Cfr., local referido, sob a<br />

epígrafe: Consiliência: O Retorno <strong>ao</strong> Iluminismo.].<br />

[Sobre a problemática decorrente da, sempre «repetida», tentativa de «reducionismo explicativo»<br />

(«científico» — ou «pseudo-científico» —, «filosófico», etc.), historicamente (desde a Antiguidade<br />

Clás-sica e até <strong>ao</strong>s nossos dias), bem como do, também sempre «tentado», estrito e correlativo<br />

«determinismo científico» — veja-se KARL POPPER, El Universo Abierto—Un Argumento en Favor<br />

del Indeterminismo (Post-Scritum a “La Lógica de La Investigación Científica”, Volumen II), Edición<br />

preparada por W.W. BARTLEY III, © Karl R. Popper, 1956, 1982 / © Editorial Tecnos, S.A., Madrid,<br />

1984; e KARL POPPER Y JOHN C. ECCLES, El Yo Y Su Cerebro, © Sir Karl Popper y Sir John<br />

Eccles, 1977 / © Editorial Labor, S.A., Calabria, 235-239, 08029 Barcelona, 1980 — em ambas estas<br />

duas obras se pode encontrar exposta a célebre «Teoria dos 3 Mundos» de POPPER.<br />

Quanto <strong>ao</strong> caso específico da, mais recente tentativa de «reducionismo biológico», auto-denominada<br />

«Sociobiologia», veja-se, entre nós, e, exemplarmente, refutando-a, GERMANO DA FONSECA<br />

SACAR-RÃO, Biologia e Sociedade (2 Volumes: citados na bibliografia anexa), © 1989.<br />

Ainda no âmbito da Biologia, ainda: o já clássico JACQUES MONOD, O Acaso e a Necessidade<br />

(citado na bibliografia anexa), 2ª. Edição, 1970/1988; e ALBERT JACQUARD, A Herança da<br />

Liberdade—Da Animalidade à Humanitude, © Éditions du Seuil, 1986 e Publicações Dom Quixote,<br />

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