20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

«Cultura» que pressupõem e dentro da qual actuam) e a forma (a «rede» do mercado, as «leis do mercado»<br />

como leis probabilísticas, etc.) — os con<strong>texto</strong>s culturais, sociais e civilizacionais reais e substantivos-<br />

concretos, bem como a incontornável normatividade cultural e jurídica de cada comunidade concreta], o<br />

chamado fundamentalismo neo-liberal do mercado livre (neo-liberalismo só económico, propriamente<br />

dito), que é de cunho exclusivamente económico e que decorre da fase mais recente da economia neo-<br />

clássica do presente século (MILTON FRIEDMAN, GARY BECKER, GEORGE STIGLER, JAMES<br />

BUCHANAN, etc.), de origem e matriz essencialmente norte-americana (Escola de Chicago, etc.).<br />

Todavia é possível uma visão mais lata e compreensiva da Escola Neoclássica da Economia, cujos<br />

representantes aceitam esmagadoramente a «visão» fundamental da Economia dos clássicos, por isso que,<br />

como eles, também são individualistas e liberais e cuja origem remonta a 1870, numa busca de maior rigor<br />

e positividade científica, privilegiando-se a microeconomia do consumo, da produção e do mercado; se<br />

formula o utilitarismo marginal (ou revolução marginalista); se engloba a Escola de Viena (MENGER,<br />

Von WIESER, BÖHM-BAWERK) e a formulação da teoria subjectivista do valor (função da utilidade e da<br />

raridade ou escassez); ainda a Escola de Cambridge (JEVONS, MARSHALL, PIGOU, ROBERTSON) e o<br />

mesmo princípio da utilidade subjectiva marginal; a Escola de Lausanne (WALRAS, PARETO,<br />

BARONE e PANTALEONI) e a teoria do equilíbrio económico geral; contribuições individuais como as<br />

de EDGEWORTH, COURNOT, JEVONS, I. FISHER, DUPUIT, J.B. CLARK, WICKSTEED,<br />

WICKSELL; a Escola de Estocolmo, prenunciadora em certos aspectos de KEYNES; LEROY-<br />

-BEAULIEU, SAX, Von WIESER, BOWLEY, CANNAN, FRANK KNIGHT, HICKS e ROBERTSON;<br />

ALFRED MARSHALL, BÖHM-BAWERK e LÉON WALRAS, como os três autores mais marcantes da<br />

economia neoclássica; PARETO sucede a WALRAS e abre caminho à generalização do sistema (económico<br />

de mercado) <strong>ao</strong>s bens públicos (COASE, o second best): a teoria do voto (WICKSELL) e a teoria<br />

económico-política da public choice (BUCHANAN, TULLOCK); o famoso J. M. KEYNES é um<br />

heterodoxo radical, na visão macro, e integra-se na Escola de Cambridge; em reacção fortemente crítica a<br />

este e a esta, surgem-nos FRIEDRICH AUGUST von HAYEK e W. RÖPKE; a Escola de Chicago, que<br />

começou por referir-se (MILTON FRIEDMAN, etc.), reabilita o monetarismo teórico, acentua a<br />

importância dos fenómenos de longo prazo e minimiza a eficácia, a longo prazo, das políticas<br />

governmentais de estabilização defendidas por KEYNES e pugna por um «retorno <strong>ao</strong> mercado»; HICKS ou<br />

SAMUELSON dão importantes contributos analíticos; de raíz neo-clássica é também a ampla reflexão dos<br />

anos 70/80 em que avultam, já na transição do campo estritamente económico para o político e o jurídico,<br />

JOHN RAWLS, ARROW, NOZICK, BUCHANAN, TULLOCK, OLSON e FREY; a economia neo-<br />

clássica transformou-se na economia pós-keyseniana e a actual microeconomia é essencialmente<br />

neoclássica – veja-se págs. 632 a 640, o artigo subscrito por L. SOUSA FRANCO, na POLIS (referida na<br />

bibliografia anexa), Volume 4, 1986.<br />

545

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!