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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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Ora, não é, justamente, a esta «Carência “Ontológica”» (ou «Fundamental») — e não apenas «Psi-<br />

cológica ...», já que ela é, verdadeira e radicalmente, «Antropológica», «Existencial» e<br />

«Ontològicamente Incontornável» ... — à qual se refere J. OLIVEIRA BRANCO, na Obra acima<br />

identificada ?<br />

A qual, curiosamente, não pode deixar de ir <strong>ao</strong> encontro do que já dizia J. BAPTISTA MACHADO<br />

(Cfr.: Antropologia, Existencialismo e Direito—Reflexões sobre o Discurso Jurídico, na Revista de<br />

Direito e de Estudos Sociais, Ano XI, 1960), o qual, <strong>ao</strong> dar conta dos «Resultados», então já<br />

Consensuais, alcan-çados pela «Antropologia Filosófica», em convergência com a «Hermenêutica<br />

Existencial», dizia ser o Homem encarado, mesmo logo só do ponto de vista «Biológico»<br />

(«Antropobiologia»), como um «Ser Defectivo», um «Projecto Falhado» da Natureza, um «Ser<br />

Vivo» ...: «nascido antes do tempo», «inacabado», «inespecializado»: «... neste sentido, é um ser<br />

“inadaptado” e, <strong>ao</strong> mesmo tempo, dotado de uma “Adaptabilidade Aberta”; por último, devemos<br />

concebê-lo como um ser “Aberto para o Mundo”, “Ex-Posto” e “Ex-Cêntrico”, e como um ser<br />

“Votado<br />

E dizia ainda:<br />

à Acção”<br />

por Natural Destino».<br />

«Em confronto com os outros animais, o “Homem” surge-nos como um ser “Falhado”, “Defecti-vo”:<br />

dada a “insuficiência” do seu “equipamento instintivo” e a “falta de especialização” do seu<br />

“equipamento orgânico”, ele aparece na Vida completamente “indefeso”, “desorientado”, incapaz<br />

de subsistir “Naturalmente” através de um “Agere” espontâneo de “mecanismos previamente<br />

montados”. “Biologicamente”, a sua subsistência é um “Milagre”: ela só se torna possível, o<br />

“Homem” só é “Viá-vel”, graças a processos “Artificiais” (como que “Próteses” = “Devices”, em<br />

inglês = “Artifícios” = =“Utensílios” = “Instrumentos” = “Estratégias”, Etc.), produtos de um<br />

“Facere”, que Não de um sim-ples “Agere”».<br />

E mais à frente:<br />

«Biologicamente, segundo PORTMANN, o “Homem” é um “Mamífero Superior” “Embrionário”,<br />

um ser “nascido antes do tempo”. O seu inacabamento, a sua inespecialização, sugerem a ideia de um<br />

ser vivo cujo processo de desenvolvimento embriogénico foi “retardado” ou “interrompido”, tendo<br />

ele nas-cido cerca de<br />

“<strong>Um</strong> Ano Antes”<br />

do tempo da “Gestação Completa”».<br />

(...) «Este contacto extra-uterino do “Recém-Nascido” ainda em “Estado Embrionário”, ainda em<br />

estado de “Inacabamento”, com a riqueza dos estímulos do “Mundo Ambiente” — para o qual “não”<br />

vem “preparado” — nada mais seria do que uma primeira fase daquele tipo de vida que constitui<br />

uma das mais essenciais características do “Homem”: a sua “Abertura para o Mundo”, a sua<br />

“Adaptabilidade Aberta”, a sua “Plasticidade”.<br />

E o “Homem” permaneceria, <strong>ao</strong> longo da vida (individual e histórica), um “Ser Embrionário”». —<br />

os itálicos e os bold são nossos.<br />

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