20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Todavia, por isto mesmo, a Igualdade (Ontológica) «Acaba», justamente <strong>ao</strong> Nível da «Onticidade» —<br />

«Aí», onde, justamente, «Começam» as Diferenças e as Desigualdades ⎯ «Horizontais» e/ou «Verti-<br />

cais», nos termos já acima referidos.<br />

A Este Último Nível (da «Onticidade» ....), a «Igualdade» (verdadeiramente «Ontológica»), já «Só» é,<br />

apenas (e tão só ...), Meramente<br />

«Residual»<br />

!!!<br />

Com efeito, o que, a nós, nos é surpreendentemente evidente e óbvio é como, por sobre um mesmo<br />

«pano de fundo» de uma mesma «natureza humana universal», igual e comum em todos os «seres<br />

huma-nos» — no sentido, já por mais de uma vez referido, da heideggeriana «constituição ontológico-<br />

funda-mental» —, são, apesar de tudo, incomensuravelmente diferentes, entre si, as «pessoas» e as<br />

suas «histó-rias» próprias... — quantas vezes até mesmo entre «seres humanos», entre si irmãos<br />

autênticamente «gé-meos» (ditos «gémeos univitelinos»), nados, crescidos e educados nas mais<br />

idênticas condições familiares, educacionais, culturais e sociais !<br />

O que, nestes casos, como em geral, nos espanta, apesar de um seu modo «flagrante», é a diversida-de,<br />

as diferenças e a variedade plural das «personalidades» e as incomensuráveis e irredutíveis «diferen-<br />

ças» entre as pessoas, apesar e para além de tudo o que lhes é também comum e igual !<br />

Em todo o caso, estamos em princípio de acordo com a interessante formulação de BOAVENTURA DE<br />

SOUSA SANTOS, quando, numa sua crónica intitulada Os cidadãos ciganos, a pág. 34 da revista Visão<br />

de 19 a 25 de Setembro de 1996, diz o seguinte:<br />

«(...) Há, pois, que substituir o princípio de igualdade moderna por um princípio multicultural de<br />

igualdade e de diferença. Podemos formulá-lo da seguinte forma: temos o direito a ser iguais quando a<br />

diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.<br />

(...)» — o Bold é nosso.<br />

Ou seja, como o disse exemplarmente também uma célebre cantora norte-americana da nossa prefe-<br />

rência, BARBRA STREISAND, no final de um seu Concerto de Julho de 1994:<br />

«(...) Now... Just imagine how boring life would be if we were all the “same”... My idea of a per-<br />

fect World is one in which we really appreciate each other's differences... Short/tall,<br />

democratic/repu-blican, black/white, gay/straight... A world in which all of us are “Equal”, but<br />

definitely “not the sa-me” !».<br />

Ponto é que sejam reconhecidas «Todas» as Diferenças que referimos:<br />

Não só as Diferenças e Desigualdades (meramente ...) Horizontais ...<br />

Mas Também, com Não Menos<br />

Verticais !!!<br />

«Legitimidade»<br />

⎯ e, inequìvocamente, as, já pròpriamente ditas:<br />

166

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!