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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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PEIRCE), fenomenoló-gico-ontológico (MARTIN HEIDEGGER) ou dialéctico-ontológico (ERIC<br />

WEIL), veja-se a LOGOS (cita-da na bibliografia anexa), Volume I, 1989, págs. 895-902.<br />

c) — Neste con<strong>texto</strong>, faz para nós sentido, hoje em dia, falar-se de Pós-Modernidade, como a Época do<br />

fim e da caducidade das ideologias do projecto Iluminista e do fim e da caducidade do próprio<br />

projecto Iluminista global, tanto na sua versão liberal-fundamentalista, como na sua versão socialista<br />

e marxista, tal como salienta JOHN GRAY, em proveito da prevalência do bom-senso prático, político<br />

e/ou jurídico.<br />

ANTHONY GIDDENS chama-lhe, equivalentemente, Modernidade Tardia, ou Modernidade Radi-<br />

calizada, ou Alta Modernidade.<br />

E FRANCIS FUKUYAMA chama-lhe, equivalentemente, sociedade pós-industrial, ou a época do<br />

«Fim da História».<br />

Mas interpretamo-la, fundamentalmente — como quer que seja que a designemos... —, no sentido de<br />

BARRY SMART, em A Pós-Modernidade, Publicações Europa-América, Ldª., 1993.<br />

Como salienta este Autor:<br />

«(...) Ao contrário das respostas de certos críticos, que equacionam a pós-modernidade como formas de<br />

política reaccionária ou conservadora (HABERMAS, “Modernity versus Postmodernity”, New German<br />

Critique, nº. 22, 1981; A. CALLINICOS, Against Postmodernism: A Marxist Critique, Cambridge,<br />

Polity Press, 1989), não existe uma agenda política pós-moderna única, pré-de-terminada ou<br />

necessária. De forma irritante para aqueles que exigem que os seus alvos de declarem ou “a favor” ou<br />

“contra”, é cada vez mais evidente que a pós-modernidade apresenta a face dupla de JANUS (HELLER<br />

e FEHER, The Postmodern Political Condition, Cambridge, Polity Press, 1988, p. 7), constituindo, de<br />

facto, um local, um espaço ou uma aberta para todas as possibilidades políticas, em vez de se tratar de<br />

uma estratégia política distinta».<br />

E particularmente interessante, a nosso ver, das várias concepções apresentadas por este autor agora em<br />

referência, parece ser a concepção de pós-modernidade de Z. BAUMAN, em Modernity and Ambivalen-<br />

ce, Cambridge, Polity Press, 1991, não necessariamente como uma ruptura radical com a Modernidade,<br />

não como uma «Nova Era», mas «... nada mais (mas também nada menos) do que o espírito moderno<br />

dirigindo um olhar longo, atento e sóbrio sobre si próprio, sobre a sua condição e as suas obras<br />

passadas, não gostando completamente do que vê e sentindo a necessidade de mudar. A pós-<br />

modernidade é a chegada da modernidade à idade adulta (...) olhando para si própria mais à distância<br />

do que de dentro, fazendo um inventário <strong>completo</strong> das suas perdas e ganhos (...). A pós-<br />

modernidade é a modernidade habituando-se à ideia da sua própria impossibilidade; uma modernidade<br />

auto-analisada, que se desfaz daquilo que em tempos fez inconscientemente».<br />

E diz ainda SMART, mais adiante:<br />

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