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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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dido como uma qualquer cruzada moralista e purificadora), <strong>ao</strong> menos contê-lo,<br />

condicioná-lo,<br />

enqua-<br />

drá-lo.<br />

Aliás, devemos, mais do que impôr uma qualquer concepção positiva do Bem, limitarmo-nos a<br />

evitar as consequências do Mal; combater as suas causas não necessárias; <strong>fazer</strong> uma pedagogia do,<br />

pelo menos, correcto e do humana e socialmente aceitável; preservar e cultivar um ambiente humano e<br />

cultural (e não apenas natural: a tal ecologia humana e cultural de que fala JOÃO PAULO II) que<br />

minimize à nascença as sementes do mal moral e do mal social; presumir, fundadamente, que, à partida,<br />

a Liberdade é em si mesma boa, mas que é preciso vinculá-la normativa e culturalmente <strong>ao</strong>s Valores, à<br />

Verdade e <strong>ao</strong> Bem através de culturas, de paradigmas civilizacionais e de regras e valores culturais e<br />

jurídicos.<br />

Ponto é que, em nós próprios, aquele Pessimismo (ou Realismo)<br />

irreversivelmente e de modo maligno o referido Optimismo da<br />

regenerado e íntegro.<br />

Vontade<br />

da<br />

Inteligência<br />

não contamine<br />

e que este possa permanecer<br />

Adaptando o que em outro con<strong>texto</strong> (Cfr. O Brotar da Criação: <strong>Um</strong> olhar dinâmico pela Ciência, a<br />

Filosofia e a Teologia, Universidade Católica Editora, 1ª. Edição, Lisboa 1997, Iª. Parte, pág. 207) diz<br />

SEBASTIÃO J. FORMOSINHO:<br />

«(...) Retomemos a questão que implicitamente colocámos no início <strong>deste</strong> capítulo: a vida, propósito<br />

ou acaso ? O leitor encontrará a sua resposta. Penosos foram os caminhos dos cientistas para recuperarem<br />

alguma da harmonia cósmica que se havia quebrado nos finais do século XIX e por quase todo o século XX.<br />

E aí temos a vida a emergir do cosmos. Mas da vida à morte. Por não se encontrarem em estado de<br />

equilíbrio, os sistemas auto-organizados são instáveis. Pequenas modificações internas ou externas<br />

podem-nos <strong>fazer</strong> transitar de um estado para outro. Sendo as estruturas organizadas essenciais à vida, mas<br />

sendo instáveis, contêm em si mesmas a morte. A ciência mostra-nos pois que a vida e a morte estão<br />

existencialmente implicadas nas leis do universo. Em palavras de BAPTISTA PEREIRA (Modernidade e<br />

Secularização, citado na bibliografia anexa, p. 319), “uma busca de totalidade requer as duas faces do<br />

homem, a saudável e a ferida”». — os itálicos e os bold são nossos.<br />

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