20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

⎯ e, aspecto «Este», dito, também por aquele mesmo Psicanalista Português ⎯ e, afinal, muito mais<br />

pròpriamente, de «mesmo»: «Já “Beautiful” !!!».<br />

E porque, também, sendo, porventura, todo o «Social», «Humano» —, todavia, Nem Todo o «Hu-<br />

mano» é «Social», o Homem ⎯ como Pessoa Moral e Espiritual ⎯ «Transcende» sempre, em<br />

Liberdade e em Espiritualidade, a própria Sociedade Política e está Acima e Para Além dela:<br />

— Seja no «Espaço Privado» de uma dimensão de «Liberdade Negativa» ou «Liberal»;<br />

— Seja «Éticamente» e como «Valor Absoluto» superior à Sociedade e <strong>ao</strong> Estado;<br />

— Seja nos seus «Fins Últimos» da Contemplação da Verdade — pelo Conhecimento —, da Beleza<br />

— pela Estética —, do Bem e do Amor —, pelo Acto Ético e pelo Acto Relacional...<br />

— Ou mesmo na «Tensão Ek-stática», Supra-Temporal e de Transfinitude, para o Transcendente: o<br />

«Englobante», o Ser, Deus ...<br />

Como se pode <strong>ler</strong> em A. CASTANHEIRA NEVES [Questão-de-Facto—Questão-de-Direito, citado na<br />

bibliografia anexa, pág. 64, nota (1)], sobre o que este mesmo Autor entende por «ESPÍRITO»:<br />

Depois de afastar, negativamente, a «Concepção Hegeliana» metafisicamente substantiva, como «o Ser<br />

e o Único “Sujeito” da História», escreve:<br />

«Pensamo-lo sim como aquele encarnado modus de inteligibilidade transcendens que nós verdadei-<br />

ramente somos, e que ontologicamente nos autonomiza e define. O “Espírito”, diz KIERKEGAARD<br />

(O Conceito de Angústia, trad. Port., Divulgação e Ensaio, 66, ss., 129, ss., 230, ss. e passim) é a síntese<br />

da alma e do corpo, a síntese da eternidade e do tempo, do anjo e do animal; e só por isso ele pode ser<br />

“a totalidade do pensar, obrar e sentir inteligíveis” da existência (JASPERS, Vernunft und Existenz, trad.<br />

esp., 49), ou melhor, a dimensão de inteligibilidade totalizante da própria existência, através da qual<br />

nos transcendemos à consciência do ser de nós próprios e do mundo (...). O que é, pois, o Espírito<br />

senão a própria existência humana, o próprio ser (“essência”) do homem, enquanto ec-sistência —<br />

Vide HEIDEGGER, esp.te. Über den Humanismus, passim —, i. é, enquanto aquele seu abrir-se à<br />

inteligibilida-de e <strong>ao</strong> ser, e sem o qual não haveria nem “pergunta” (“porquê”), nem “fundamento” (V.<br />

HEIDEGGER, Vom Wesen des Grundes, 2ª. Ed., 10, ss., e 31, ss.) ? Pois se “a essência do homem<br />

consiste em ser ele mais do que simplesmente homem” (HEIDEGGER,...), esse seu excesso em que ele<br />

se transcende para “saber que morre” (“puisqu’il sait qu’il meur”, PASCAL, Pensées, Cap. III, 264),<br />

para saber que é — esse “mais” é justamente o Espírito. Não diremos coisa fundamentalmente<br />

diferente, se dissermos de forma mais directa, com F. ROMERO (...): “O que no homem é humano, de<br />

um ponto de vista exclusivo, peculiar, específico, denominamo-lo espírito. Ao espírito assim definido<br />

não lhe atribuímos nenhum carácter sobrenatural, nem misterioso. Espírito é simplesmente a designação<br />

daquilo que no homem cria a linguagem, a religião, a arte, a moralidade, o Estado, etc.”» — os<br />

itálicos e os bold são, quase todos, nossos.<br />

179

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!