20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sendo aquela(s) para nós legítima(s), hoje, só como Aristocracias Abertas e em Con<strong>texto</strong> Democrá-<br />

tico Geral, ela deve ser constituída exclusivamente por Personalidades Distintas, Excepcionais ou Dife-<br />

renciadas de um estrito ponto de vista Qualitativo ou Ético, Axiológico-Moral e Cultural e seleccionadas<br />

pela sua Excelência, a sua Boa Reputação, a sua Qualificação Moral, o seu Valor ou o seu Mérito, i. é, so-<br />

bretudo por aqueles ou aquelas que logrem conduzir uma Existência Autêntica e manter-se na, ou não abdi-<br />

car da, Dignidade Humana do seu Ser-Si-Próprio (Selbstsein) e que logrem assegurar aquela forma de So-<br />

ciabilidade, ou de Comunicação Inter-Humana que, no Capítulo II, Ponto 5. (Supra), referimos como<br />

sendo, autênticamente, uma «Comunhão» — uma verdadeira «Comunhão dos<br />

Espíritos»<br />

...<br />

Referimo-nos aqui, muito especialmente, àqueles a que também se referiam JOÃO CARLOS ESPA-<br />

DA e KARL POPPER, quando — em conversa entre ambos (relatada pelo primeiro no seu <strong>livro</strong> intitulado<br />

A Tradição da Liberdade, referido na bibliografia anexa, especialmente o <strong>texto</strong> aí inserido intitulado<br />

«Inglaterra: o sentido liberal do dever», pág. 25) —, falavam dos que “guardam” e se “pautam” por um<br />

“Código Interior” de Conduta.<br />

Escreve, aí, ESPADA:<br />

«(...) Numa série de artigos dedicada a Inglaterra, apontei aquilo que, para mim, constituíu a mais<br />

funda impressão, <strong>ao</strong> fim de quatro anos de residência em Inglaterra: a ideia de que a lei a que os Ingleses<br />

obedecem não é uma “lei escrita”, mas uma “Lei Interior”, um “Código de Boa Conduta”, transmitida<br />

há muitos séculos, de geração em geração.<br />

A ideia é muito simples, o que constitui desde logo um ponto a seu favor. Mas a verdade é que, se me<br />

atrevi a publicá-la na sua chocante simplicidade, isso deve-se a que fui encorajado a fazê-lo. Quando<br />

comecei a convencer-me de que havia um código de conduta interior na sociedade inglesa, falei nisso a<br />

KARL POPPER, o meu herói intelectual, numa das minhas visitas regulares. Para meu espanto, o velho<br />

filósofo reagiu entusiasticamente: “Isso é inteiramente verdade, mas era muito mais evidente há cinquenta<br />

anos atrás, quando toda a gente — do leiteiro <strong>ao</strong> carteiro, <strong>ao</strong> capitalista e <strong>ao</strong> operário — achava que se devia<br />

comportar como um “Gentleman”. Esse é o segredo da Inglaterra liberal”, rematou POPPER, aconselhan-<br />

do-me a <strong>ler</strong> ÉLIE HALÉVY e GERTRUDE HIMMELFARB. (...)».<br />

Aliás, é o mesmo JOÃO CARLOS ESPADA quem, no seu <strong>texto</strong> intitulado Paradoxos do “espírito<br />

inglês” (cfr. Semanário Expresso, caderno principal, de 8/05/99, pág. 24), a propósito de certas<br />

«coincidências» entre o 70º. aniversário e o percurso pessoal e político-intelectual do sociólogo germano-<br />

britânico RALF DAHRENDORF e os festejos, em Portugal, da comemoração do 150º. aniversário da<br />

Associação Industrial Portuense (dois dias depois, no Europarque de Santa Maria da Feira) — diz o<br />

seguinte:<br />

«(...) A meu ver, RALF DAHRENDORF faz parte de um grupo distinto de amantes da Inglaterra, no<br />

qual podíamos incluir F. A. HAYEK, Sir KARL POPPER e Sir ISAIAH BERLIN. RAYMOND ARON<br />

seria talvez outro candidato a este grupo, embora nunca tivesse pedido a cidadania inglesa. Todos tinham<br />

460

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!